São Paulo assusta, mas Fortaleza tem armas suficientes para vencer

A priori, um elenco estrelado, jogando em casa e vindo de um empate com o Flamengo, no Maracanã – único time da Série A que não foi derrotado. As credenciais do São Paulo, adversário do Fortaleza no sábado (5), são as melhores possíveis. No entanto, dentro de campo, a equipe de Rogério Ceni pode acreditar em um resultado positivo no Pacaembu.

A explicação está nas entrelinhas táticas. À beira do gramado, Fernando Diniz, o novo técnico do tricolor paulista, desperta elogios por parte de Ceni, também é avaliado expoente ao futebol moderno, mas a falta de tempo com o elenco, apenas oito dias, desfavorece-o no duelo.

Adepto do tradicional 4-4-2, com um centroavante atuando ao lado de um velocista, a proposta será rodar a bola até criar espaço. Com um meio composto por Hernanes, Tchê Tchê e Daniel Alves, não há dúvidas de que a armação será qualificada, mas é preciso ressaltar também a falta do poderio de marcação.

No Brasileirão, a equipe é a vice-líder em número de faltas (366) e perda de posse de bola (801). Parar o jogo, inclusive, é o ponto vulnerável dos são-paulinos, que atuam em um sistema que prioriza a agilidade da bola, em detrimento de atletas velozes. O panorama faz o clube ser o 3º mais indisciplinado, somando 55 amarelos e cinco vermelhos.

O cenário é muito propício para a evolução leonina. Defensivamente, o Fortaleza adota o 4-4-2, o que já espelha o esquema rival e cria um choque em cada setor do campo. Quando ataca, torna-se 4-2-4, explorando intensamente a velocidade nas laterais. A transição ágil, em contra-ataque, com linhas espaçadas, é o caminho para vencer a fraca contenção do time de Diniz.

“A gente tem que fazer a marcação que estamos acostumados (pressionando a saída de bola) e, quando tiver a bola, tentar impor o nosso ritmo de jogo. (São Paulo) é um time que tem qualidade, mas a torcida pressiona bastante, então vamos tentar usar isso e sair com o resultado positivo”, declara o atacante Osvaldo.

Resultado

O favoritismo é do São Paulo e isso cria uma atmosfera que traz ainda mais pressão aos donos da casa. O retrospecto ainda acentua a situação: dos últimos sete jogos, o tricolor paulista venceu apenas o Botafogo, no Rio de Janeiro.

Como mandante, os três jogos passados registraram um revés (Goiás) e dois empates (CSA e Grêmio). A vitória mais recente foi contra o Ceará, pela 15ª rodada, em duelo marcado por polêmicas quanto ao uso do árbitro de vídeo (VAR).

Desta forma, a tendência é que a equipe busque agredir mais com o passar do tempo. Adiantar as linhas, todavia, tem o efeito de gerar brechas na defesa, que podem ser exploradas por Edinho e Osvaldo, nas costas de Juanfran e Reinaldo, laterais ofensivos.

Outro ponto favorável ao Leão é a eficiência na bola aérea. O time balançou as redes 10 vezes através de cruzamentos, 41,6% de todos os tentos, enquanto o São Paulo levou três dos cinco gols recentes a partir de lances oriundos da linha de fundo. Na tabela, os paulistas estão em 7º, com 36, e o Leão é o 14º, com 25.

Por J Oliveira do Sobral Pop News com informações Diário do Nordeste

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