O que o torcedor do Ceará pode esperar do técnico Adilson Batista

Menos de 24 horas após ser anunciado como treinador do Ceará, Adilson Batista já desembarcou na capital cearense e comandou a primeira atividade em Porangabuçu. Ontem, após ser apresentado ao elenco pelo presidente Robinson de Castro e conversar com os jogadores por cerca de 40 minutos, o paranaense de 51 anos já começou a preparar a equipe visando ao jogo contra o Goiás, domingo (6), às 16 horas, em partida que marcará a estreia dele à beira do gramado. Será a primeira oportunidade que o torcedor do Vovô terá para ver as ideias de Adilson sendo postas em prática.

Experiente, com passagens por grandes clubes do futebol brasileiro, como Cruzeiro, São Paulo, Corinthians, Vasco, Grêmio e Santos, Adilson tem estilo motivador, mas que passa longe de ser passivo e tem alta cobrança, algo que é exatamente o que o elenco do Ceará precisa no momento.

“Trabalhei com ele no Vasco. Ele é ainda mais enérgico que o Enderson. Se tiver que cobrar, ele vai cobrar. Se tiver que gritar, ele vai gritar”, resumiu o goleiro Diogo Silva, o único do atual elenco do Vovô que já trabalhou com o novo comandante.

O ano em que estiveram juntos foi 2014. Na ocasião, Diogo pôde perceber o estilo preferido do treinador, que gosta de valorizar a posse de bola e a construção de jogadas por toques curtos, sempre com intensidade, velocidade, movimentação, dinâmica e saídas rápidas ao ataque.

O espanhol Pep Guardiola (Manchester City), o alemão Jürgen Klopp (Liverpool) e o argentino Maurício Pochetino (Tottenham) são algumas das referências de Batista, que pretende implementar filosofia propositiva no Vovô.

Seu melhor momento foi em 2008 e 2009, quando se sagrou bicampeão mineiro e chegou à final da Taça Libertadores comandando o Cruzeiro. O esquema utilizado era o 4-5-1, mas com maior priorização à marcação, atuando geralmente com três volantes, sendo um deles com maior liberdade criativa para auxiliar os meias na criação de jogadas.

No cenário atual do Ceará, é possível imaginar Fabinho e William Oliveira garantindo a sustentação defensiva, com Ricardinho sendo o terceiro homem de meio de campo auxiliando Thiago Galhardo e Lima na missão de municiar Felipe Cardoso.

A entrada de um atacante, que pode ser Leandro Carvalho ou Mateus Gonçalves, na vaga de um dos meias, garantindo variação para o 4-1-4-1 ou 4-4-2 é uma possibilidade que Adilson também já utilizou em seus últimos trabalhos, sobretudo no América/MG, em 2018.

Conceitos interessantes. Porém, no futebol brasileiro, que só funcionam com resultados. Pelos oito jogos de jejum que o Ceará vive, para ter tranquilidade de trabalho, Adilson terá que, antes de tudo, vencer o Goiás.

Por J Oliveira do Sobral Pop News com informações do Diário do Nordeste

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