Pacientes reclamam da falta de atendimento na emergência do Frotinha de Messejana, em Fortaleza

Os pacientes do Hospital Distrital Edmilson Barros de Oliveira, o Frotinha do Bairro Messejana, em Fortaleza, denunciaram neste sábado (1º) que o atendimento foi suspenso por falta de médicos. Quem precisou passar por pequenos procedimentos cirúrgicos afirmou os atendimentos estão cancelados por falta de materiais. Eles relataram também sujeira no local e falta de macas para colocar os pacientes.

A Secretária Municipal da Saúde (SMS) informou por meio de nota que o Frotinha de Messejana está com equipe médica completa de plantão com dois cirurgiões, dois traumatologistas, dois anestesistas e dois clínicos. A pasta disse que os procedimentos cirúrgicos são realizados de acordo com a necessidade dos pacientes, mas que casos mais graves são priorizados, provocando demora no atendimento dos casos de menor gravidade.

O porteiro José Edvandro e Silva buscou a unidade nesta manhã após machucar o dedo em um acidente, mas foi informado de que não teria atendimento. “Estou pensando em ir para alguma farmácia que tenha ambulatório e fazer o atendimento particular, já que com o serviço público eu não posso contar”, disse.

José Edvandro relata que, quando buscou atendimento, foi informado de que havia poucos cirurgiões e que eles estavam disponíveis apenas para casos de urgência.

“Fui procurar, mas ao chegar, a atendente pegou só meu nome. Não tinham cirurgião. Na verdade, tinha, mas a quantidade de médicos era pouca. Só em casos de urgências. Quer dizer, tem vários pacientes procurando pequenas cirurgias e não conseguem”, afirmou.

O paciente denuncia também a má conservação da unidade de saúde. “Sem contar a quantidade de cadeiras quebradas, macas enferrujadas, paredes quebradas expondo areia e gerando complicações de saúde para quem está lá dentro”, disse.

A dona de casa Wanda Gomes relatou também os problemas que existem dentro do Frotinha de Messejana. Ela afirmou que chegou cedo à unidade de saúde para tratar um problema de dor de cabeça. Ela entrou na unidade, conversou com a atendente, mas foi orientada a procurar outro hospital. Ela conta ainda que uma das enfermeiras falou, em tom de brincadeira, que ela não seria atendida em nenhuma unidade de Fortaleza por falta de médicos.

“Uma atendente pediu para eu ir para outro hospital. O Frotinha da Parangaba. Aí uma enfermeira disse que eu não seria atendida lá também, pois não existia médicos em lugar nenhum. Acho um absurdo isso acontecer”, lamentou.

G1 Ceará

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