Chegou o grande dia ! (parte III) O sinal da Besta

O Sinal da Besta – Apocalipse 13: 17.

“Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome”.

“Marca” – “Sinal da besta”. Essa expressão causa certa comoção e um incômodo muito grande. Normalmente essa conotação: “Besta” soa muito pejorativa. É importante entendermos o que isso significa dentro do contexto profético. Besta é uma referência a “animal do campo”. Animais selvagens. Significa Poder, ou nação poderosa, Império (Daniel 7: 23). Na visão de Daniel, aparecem quatro animais que representam os quatro impérios mundiais subsequentes, o quarto, o mais estranho, é uma simbologia do império romano político (168 a. C. A 476 d. C.). Tendo havido uma unificação do poder político com o poder religioso, igreja e Estado, que culminou na Inquisição com a mortandade de milhões sem conta de pessoas inocentes.

No livro de Apocalipse, capítulo 13: 1 a 10, há uma menção à restauração do poder religioso, e do verso 11 ao 18 à existência de outro poder político que assumiria o comando político mundial e promoveria a adoração global ao poder religioso, havendo, portanto uma nova unificação dos poderes político e religioso, sob a égide de um sinal ou marca que representa o poder consequente desta união.

O poder político aludido nesses versos é apresentado como uma Besta que emerge da terra; possuindo dois chifres como de cordeiro, mas que fala como dragão (No próximo tema).

Precisamos entender a importância desta marca na historicidade bíblica, somente assim poderemos ter uma ideia do que significa esta marca.

A primeira menção bíblica a um sinal se encontra em Gênesis 4: 15. “… E pôs o SENHOR um sinal em Caim para que o não ferisse de morte quem quer que o encontrasse”. Caim temeu por sua vida, após ter sido amaldiçoado por Deus, por ter matado ao seu irmão Abel. Deus lhe disse que não temesse; na verdade seria sete vezes mais amaldiçoado quem o ferisse. E lhe pôs um sinal. Logicamente a Bíblia não diz qual foi o sinal, mas entendemos de forma simbólica como sendo a primeira referência à descendência que se oporia aos filhos de Deus.

Caim, um filho desobediente, matou Abel, o filho obediente. Sua descendência foi errante, vivendo afastada dos demais filhos de Adão. Instalou-se na terra de Node, ao oriente do Éden. Oriente é também uma versão ao lado do norte ou, lado de oposição a Deus. (Isaias 14: 12 a 14). O oriente também foi a região onde foi construída a Torre de Babel, que no futuro se tornaria Babilônia, que significa confusão e se tornou o símbolo de oposição a Deus (Apocalipse 17: 5).

Considerando a ligação de Caim com o norte (oriente), Torre de Babel, Babilônia imperial e Babilônia espiritual; percebemos nitidamente que este sinal que identificou Caim, se liga por um fio na história à Babilônia, ou poder espiritual que se opõe a Deus no final da história, até às portas do retorno de Jesus.

Isto toma novo significado quando entendemos que Deus também tem um sinal que identifica seus filhos fiéis. Assim como o sinal de Caim acompanha toda a história, identificando todo àquele que se opõe a Deus, ao Seu povo, à Sua Palavra e à Sua Lei; da mesma forma o sinal de Deus acompanha Seus filhos fiéis por toda a história até ao seu final.

Abel morreu assassinado por seu irmão. Mas Sete, o próximo filho de Adão, inicia uma nova história. “A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o nome de Enos; daí se começou a invocar o nome do SENHOR”. Gênesis 4: 26.

É muito significativo ver que o nome do terceiro filho de Adão foi “Sete”. Na simbologia hebraica, o número sete significa: Perfeição, sua repetição três vezes significa eterna perfeição. Seu filho Enos, deu início novamente à adoração ao SENHOR.

Passaram a coexistir, então, as duas gerações, de Caim e de Sete, que não se misturavam. À descendência de Caim, a Palavra de Deus chama de “Filhos dos homens” e à descendência de Sete, “filhos de Deus”. Acontece que as filhas dos homens eram muito bonitas e chamaram à atenção aos filhos de Deus. Estes resolveram se casar com elas, então a coisa se complicou, porque os filhos desta união não sabiam mais a quem servir, ou a quem adorar, e se tornaram maus. Tão maus que Deus decidiu extermina-los totalmente, daí vir o Dilúvio.

Deus, porém, viu que havia ainda um homem fiel, a quem convidou para estender seu convite de salvação a todos que o aceitassem. Porém, foi rejeitado. De Noé, veio Abraão, Isaque, Jacó (chamado também de Israel). Como prova da veracidade da historicidade bíblica, Israel existe até hoje, porém, essa nação escolhida, perdeu de vista sua função no plano de Deus. Entretanto, ainda existem os conservadores que mantém o sinal de Deus vivo até nossos dias.

O Apocalipse é muito enfático ao dizer que os adoradores da besta e de sua imagem receberão um sinal, na sua mão direita ou na sua fronte. A marca na mão direita representa força, trabalho, cerviz. Ou seja, todos quantos recebem esta marca na mão, recebem pelo medo, pela pressão, pela força. O sinal na fronte, testa, significa que o fazem espontaneamente. Fronte é símbolo da mente, onde está o centro da inteligência e do livre arbítrio. Somente quem concorda e aceita receberá esse sinal sem pressão.

Considerando que o quarto animal simboliza a Babilônia, ou besta, no final dos tempos, este poder defende uma ideologia diferente daquela ensinada na Bíblia. Defende liberdade sem restrição, e uma oposição aberta à Santa Lei de Deus, símbolo do Seu governo.

Daniel profetizou que o quarto animal, quarto poder sobre a terra, e a ponta pequena que surgiria desse poder, iria perseguir e tentar destruir os filhos do Altíssimo mudaria Sua Lei e os tempos, e o tempo que levaria perseguindo os Filhos do Altíssimo seria de 1.260 anos (considerando o dia profético: Um tempo dois tempos e metade de um tempo).

No dia 07 de março de 321, Constantino o Grande, imperador romano, alterou a Santa Lei de Deus, retirando o segundo mandamento que proíbe adoração de imagens; retirou o quarto mandamento, que ordena a santidade do sétimo dia, o sábado; introduziu a guarda do primeiro dia da semana em lugar do sétimo, em homenagem ao deus que ele adorava, o sol. Dia conhecido até hoje em alguns idiomas como o dia do sol (sum day; sum tag; etc.); e dividiu o décimo em dois para permanecer o número de 10.

Ao introduzir o primeiro mandamento em lugar do sétimo, ele fez uma contrafação ao verdadeiro dia de guarda, santificado pelo próprio Deus e escrito em Sua Lei com Seu próprio dedo (Gênesis 2: 2 – 3; Êxodo 20: 8 – 11; 31: 16 – 18).

A existência de dois dias de guarda diferentes identificam duas linhas de pensamento diferentes; duas ideologias antagônicas que no final da história tendem a distanciar-se de tal forma que causarão um confronto. O confronto final.

Na quarta parte deste tema, falaremos do sinal de Deus em oposição ao sinal da besta. Agora, convém refletirmos qual dos dois sinais eu desejo em minha vida. Qual dos dois poderes representados por estes sinais eu desejo adorar.

Por Lindomar J.M. Spíndola Rodrigues do Sobral Pop News

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