Análise: deficiências claras no time do Ceará

O trabalho de um treinador é buscar alternativas quando a fase não é boa e a vitória não vem faz tempo. E o técnico Enderson Moreira assim o fez para escalar o Ceará diante do Cruzeiro, buscando vencer após seis rodadas. O problema é quando as opções escancaram as limitações do elenco, como ficou claro no empate sem gols com o Cruzeiro, ontem, na Arena Castelão, pela 21ª rodada da Série A.

Inquieto com a falta de gols nos últimos jogos (leia-se chances claras perdidas), Enderson Moreira mudou, lançando Thiago Carleto, Felipe Silva e Bergson, em uma tentativa de alterar o cenário que se mostra preocupante.

Com um time intranquilo desde o início, ficou claro que os problemas técnicos da equipe não seriam resolvidos facilmente, mesmo diante de um adversário também muito pressionado na Série A, por integrar a zona de rebaixamento. E o que se viu, mais uma vez, no Vovô foi muita luta, mas sérios problemas técnicos, de finalização, passes e decisões equivocadas ao longo dos 90 minutos.

E, obvio, irritando os mais de 18 mil torcedores no estádio. As “novidades” Felipe Silva e Bergson pouco fizeram e, ao serem substituídos, não foram poupados de vaias.

Aquele Ceará “redondinho”, em momentos anteriores da Série A, está longe de entrar em campo. Com a bola parecendo queimar nos pés dos jogadores, como ficou evidenciado em momentos decisivos, o time mais uma vez perdeu gols incríveis.

Exemplo foi o chute de Galhardo na trave e, principalmente, a finalização para fora de Mateus Gonçalves em raro momento de lucidez do ataque alvinegro.

Com os gols perdidos, os jogadores se intranquilizando, a torcida se enervando na arquibancada, o Ceará também cedeu espaços ao pálido time do Cruzeiro que, nem de longe, é um time confiável.

Em alguns contra-ataques, principalmente no 2º tempo, o time de Rogério Ceni teve a chance de um ataque fatal, mas também desperdiçou. O ex-treinador leonino terá muito trabalho para tirar o time celeste do Z-4. Também lhe faltam peças de reposição.

Quanto ao Ceará, a caminhada no returno se mostra cada vez mais árdua, pelo momento ofensivo do time, com as vitórias cada vez mais difíceis de serem obtidas e a marca de sete jogos sem vencer nas costas dos jogadores e da comissão técnica alvinegra.

O empate sem gols no Castelão não resolve nada em termos de tabela e de confiança para a sequência, com 23 pontos em 21 jogos, e uma certeza até a 38ª rodada: se os reforços não chegarem até amanhã, prazo limite para a inscrição de jogadores na Série A, o torcedor alvinegro terá que torcer para que o time encaixe com estes jogadores.Mas pelo apresentado no jogo de ontem, as cartadas de Enderson Moreira não são nada animadoras.

J Oliveira do Sobral Pop News com informações do Diária do Nordeste

 

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