Tenho certeza que nenhuma mulher gostaria de passar por uma experiência tão amarga, tão assustadora quanto à da mulher de Ló. É muito fácil criticá-la por sua atitude, diante da dor e sofrimento do esposo. Mas, se nos colocarmos no lugar dela, poderíamos entender sua dor. Não tanto pela perda de riquezas, mas, sobretudo, pela perda de todos os filhos em um só dia. Naquele momento, ver o sofrimento do esposo, talvez fosse melhor que ele morresse e tudo passaria.
Uma coisa, porém, se destaca em sua atitude: “Amaldiçoa a Deus e morre”. A única coisa naquele momento, que lhe parecia coerente, seria vingar-se do suposto causador de toda a sua dor – DEUS!
Porque se manter fiel, se Ele poderia ter evitado tudo aquilo? Ou, no mínimo poderia curá-lo e restaurá-lo à condição original! Seu conselho revela o tipo de relacionamento que tinha com Deus. Também nos mostra que a fé dos pais, familiares e amigos, não valem para terceiros. Essa experiência precisa ser pessoal.
Ao contrário, Jó, diante de tudo o que lhe acontecera, não se deixou abalar. Mesmo não entendendo nada do que estava acontecendo, ainda podia expressar seu repúdio à atitude da esposa: “Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” – Jó 2: 10. “Mas eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra” – Jó 19:25.
Algumas atitudes de Jó fizeram toda a diferença para o desfecho de sua história:
- Não se deixou abalar pelas circunstâncias adversas;
- Mesmo diante do sofrimento e das perdas, não deixou de confiar em Deus;
- Mesmo sem entender nada, manteve sua fé e confiança em Deus;
- Não se deixou abalar pelas atitudes da esposa;
- Foi obediente à ordem de Deus, mesmo sendo contrária à sua própria vontade.
- Sua obediência não se baseava nas bênçãos anteriormente recebidas, mas, no seu amor, relacionamento e no conhecimento que tinha de Deus.
- Orar pelos seus acusadores moveu o coração de Deus a seu favor.
- Deus nos abençoa para sermos bênção aos outros.
São as circunstâncias que nos moldam, ou, o contrário?
Por Lindomar Spíndola Rodrigues
