‘Rainha da sucata’ suspeita de desviar R$ 3 milhões tem bens apreendidos pela Justiça

Maria Valdirene, a “Rainha da Sucata”, teve bens apreendidos pela Justiça do Ceará. Ela é suspeita de desviar cerca de R$ 3 milhões da empresa de sucata onde trabalhava.

Investigações da Polícia Civil do Ceará apontaram que a “Rainha da Sucata” ganhava cerca R$ 1,4 mil por mês na empresa e ostentava uma vida de luxo, com viagens caras e hospedagens em hotéis de luxo em diferentes estados do Brasil.

Segundo a denúncia, ela obtinha dinheiro fraudando a entrega de sucata, colocando areia em vez de ferro.

Ligação anônima

Um funcionário da empresa onde ela atuava que prefere não se identificar afirmou que recebeu ligações de uma pessoa dizendo que a “Rainha da Sucata” estava roubando a empresa. De princípio, os proprietários não acreditaram, no entanto, após vê-la com um carro caro passaram a desconfiar.

“Nós desconfiamos após uma ligação que recebemos informando que ela estaria nos roubando. Não acreditamos e ficamos duvidosos. Depois ela e o parceiro dela apareceram aqui em um carro muito caro. Que não condizia com que eles ganhavam. Mais ou menos R$ 80 mil. Olhamos as redes sociais e descobrimos que ela tinha bloqueado a gente. Aí essa pessoa passou mandar fotos delas. As farras, as viagens e o luxo.”

O gestor explicou que Maria Valdirene manipulava o sistema da empresa. Ele lembra que chegavam caminhões trancados cheios de areia ao invés de sucata, porém não havia fiscalização

A polícia descobriu que Maria Valdirene atuava no setor de passagem das mercadorias adquiridas pela empresa de sucatas. O esquema criminoso consistia na alteração no registro de entrada de carga, o que consequentemente gerava ordem de pagamento a fornecedores com base em pesagens fraudulentas. Caminhões carregados de sacos de areias eram pesados como se as cargas fossem sucatas de ferro.

“Ela manipulava nosso sistema e nossas regras. Ela fazia pesagens. Criava fornecedores e pesagens que não existiam. Ela usava estrutura a nossa balança para fazer a pesagem de um material que não existia. Chegavam caminhões cheio de areia e realizava falsos pesos. Dizia que tinha sucata dentro ele. Confiava nela e não tinha fiscalização”, disse.

Liberdade provisória

A Justiça do Ceará concedeu em fevereiro deste ano a liberdade provisória de Maria Valdirene. A decisão foi do juiz Ricardo Bruno Fontenelle.

Segundo com a decisão da justiça, “a liberdade da autuada, no presente momento, não representa uma ameaça à finalidade útil do processo penal ou perturbação ao desenvolvimento da investigação criminal”. A justiça alegou também a liberdade pelo fato de Maria Valdirene ser mãe de dois filhos menores.

Por Redação do Sobral Pop News / Fonte: G1/CE

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