O Assunto #551: CLIMA – onde estamos 6 anos depois de Paris


O histórico acordo de 2015, firmado entre mais de 190 países, pretendia reduzir as emissões de gases do efeito estufa a um patamar capaz de conter o aumento da temperatura do planeta. Não aconteceu. Nem mesmo a recessão pandêmica derrubou as emissões na proporção necessária. Agora, em meio a eventos extremos como a seca que aflige vários Estados brasileiros, e sob pressão global de ativistas, uma nova cúpula do clima patrocinada pelas Nações Unidas pretende atualizar compromissos e lançar “um alerta vermelho para a humanidade”, nas palavras do secretário-geral Antonio Guterres.

No episódio introdutório de uma série especial a ser publicada todas as segundas-feiras até a COP-26 — que tem início marcado para 31 de outubro em Glasgow, na Escócia — Renata Lo Prete recebe Carlos Nobre, presidente do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas e pesquisador sênior do Instituto de Estudos Avançados da USP. A conversa é para entender a ciência que pauta o debate público sobre o tema, e Nobre não poderia ser mais claro.

Ele mostra a velocidade sem precedentes da escalada da temperatura na Terra. Explica a diferença entre conseguir limitar a alta a 1,5 grau Celsius até 2100 (como queriam os signatários do Acordo de Paris) ou deixá-la subir 3 graus. Dá exemplos de adaptações, como agricultura regenerativa, que precisarão ser feitas mesmo no cenário menos catastrófico — porque parte das mudanças climáticas já está contratada. E é assertivo ao enunciar a consequência maior de subestimar a emergência: “As novas gerações vão viver num mundo muito mais perigoso”, diz. “Num outro planeta, muito pior, em todos os sentidos, para a vida humana e para as outras espécies.”

Por Redação do Sobral Pop News com J Oliveira / Fonte: G1

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