Evangélicos, Centrão, eleições: o que Pacheco vai considerar para decidir sobre CPI do MEC

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fará na terça-feira (5) uma reunião com líderes partidários para decidir pela instalação ou não da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de corrupção no Ministério da Educação (MEC), a CPI do MEC. Os senadores que propuseram a investigação apresentaram a Pacheco os requisitos legais para a formalização do colegiado, mas o presidente da casa tem colocado outros fatores na balança para definir seu posicionamento.

Um dos elementos é uma possível interpretação da CPI como ferramenta de perseguição à atuação de evangélicos na política. As denúncias no MEC têm pastores como principais suspeitos – tanto os líderes religiosos que teriam conduzido os esquemas de corrupção quanto o ex-ministro, Milton Ribeiro, que é pastor e chegou a ser preso. O senador Jean Paul Prates (PT-RN), um dos articuladores para a criação da CPI, contestou a abordagem e disse que a comissão será “pró-evangélicos”, por ter no combate à corrupção seu foco.

Pacheco e os opositores ao governo de Jair Bolsonaro (PL) precisam também superar um interesse reduzido dos senadores de centro na instalação da comissão. Diferentemente do que se viu com a CPI da Covid, que vigorou no ano passado, há um entusiasmo menor em torno da criação do colegiado em partidos como o PSD, que tem 11 cadeiras no Senado. A agremiação foi referência na CPI da Covid, com o presidente Omar Aziz (AM) e o senador Otto Alencar (BA), mas agora tem adotado a postura de não ser favorável ao colegiado. Aziz foi o único membro do partido que defendeu a CPI do MEC. O posicionamento do líder da bancada, Nelsinho Trad (MS), é que a CPI tenderia a ser pouco produtiva em um ano eleitoral.

Por Redação do Sobral Pop News, com Jessé Júnior. Fonte: gazetadopovo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *