O cenário da pandemia deve passar um dia — provavelmente transformando-se em uma endemia —, mas a falta dos que morreram em decorrência da doença, não. Esse vazio vai perdurar. A sociedade caminha para a convivência possível com a doença, que segue em paralelo ao luto.
Há exatos dois anos, o primeiro óbito pela Covid-19 era confirmado oficialmente no Ceará. De lá para cá, 26.696 morreram vítimas da doença no Estado, segundo balanço do IntegraSUS, plataforma da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) às 11h50min de ontem.
Esse sentimento é partilhado pela fortalezense Germana Andrade Salmito, 42, que perdeu o pai, Getúlio Ferreira Salmito, vítima do vírus aos 67 anos. “Passaram-se 10 meses da partida do meu pai, mas ainda sinto essa dor latente. Tem dias que não sei de onde tiro forças para levantar da cama… Às vezes, parece que estou apenas ligada na tomada, vivendo no automático. Tem dias um pouquinho melhores”, traduz a servidora pública.
Por Redação do Sobral Pop News com informações do O POVO / (Foto: Fernanda Barros )
