A lei de Deus – 8º mandamento !

“Não furtarás” Êxodo 20: 15.

A palavra chave deste mandamento é: HONESTIDADE. Este é o princípio ensinado e defendido pelo Criador. A ordem de “não furtar” não se refere a impedir o ato de tirar o que não lhe pertence, apenas, mas sim com o caráter. Do contrário, a obediência a este mandamento se restringiria somente a obedecer a regras, e poderia acontecer somente diante dos olhares, mas não quando sozinho. Quando, porém, a honestidade é um traço do caráter, não será circunstancial nem negociável.

Infelizmente vivemos em um mundo, onde pouco se importa com os meios, para se chegar a determinado fim. Como disse Maquiavel: “Os meios justificam os fins”. Infelizmente este princípio é utilizado na política e na sociedade. Muitos, que desejam crescer profissionalmente, se utilizam de métodos, não convencionais, para alcançarem seus objetivos.

O Apóstolo Paulo comenta: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição”. I Timóteo 6: 9.   Não há dúvidas de que Paulo está apresentando um princípio contrário ao de Maquiavel (do qual passou a existir a expressão: maquiavélico)!

Os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada…”. Ora, não é pecado ser rico, nem desejar e trabalhar para melhorar sua condição de vida; dar melhor conforto à família e ser bem-sucedido. O problema não está no dinheiro em si, mas na maneira de consegui-lo, e, depois, na maneira de gastá-lo.

Veja o que Paulo continua falando: “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”. I Timóteo 6: 10.

Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males”. Paulo informa: “O amor do dinheiro”. O apego às coisas materiais, a avareza, a idolatria ao dinheiro. Escrevendo aos efésios, Paulo diz: “Sabei, pois isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus”. Efésios 5: 5.

A avareza é pecado; fazer do dinheiro, ou a busca dele, a coisa mais importante da vida. E apegar-se a ele como se fosse a solução para todos os problemas. Isso faz com que a confiança seja depositada no dinheiro e esqueça, quem de fato, é o verdadeiro dono.

A pergunta é: Há a possibilidade de se possuir dinheiro, riquezas, e, ainda assim, não confiar nele? Não ter medo de perdê-lo e passar necessidade? Tê-lo, e ainda assim, confiar em Deus, mais que no dinheiro?

Responder a essa pergunta é um desafio, que somente pesquisando nas páginas sagradas encontraremos as respostas.

Se dissermos, taxativamente: “Não”. Os ricos todos estariam perdidos. Porém, devemos considerar que Jesus veio salvar a todos. Ao mesmo tempo, nenhum pobre buscaria melhorar de vida, com medo de enriquecer e se perder. Portanto, devemos ser cautelosos ao buscar respostas.

Primeiro vejamos o que Jesus falou a um homem muito rico: “Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me. Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades. Então, disse Jesus a Seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus”. Mateus 19: 21-23.

Se considerarmos somente a última parte, restarão poucas possibilidades de salvação para quem é rico. Contudo, devemos entender que o problema abordado por Jesus, não é se os ricos merecem ou não ser salvos, mas o chamado daquele jovem, que confiava na sua religiosidade, e acreditava que sua salvação estava garantida pelo que fazia e não no que Jesus faria por ele.

Aquele jovem chegou confiante, para se apresentar a Jesus como merecedor da salvação. Mas Jesus fez uma prova com ele. Primeiro ordenou que guardasse todos os mandamentos, e fez referência a alguns para indicar de qual Lei estava falando, os Dez mandamentos. Ao que o Jovem prontamente respondeu que já os obedecia. Jesus vai um pouco mais além para provar sua fé, e fazê-lo entender que guardar mandamentos não é formalismo, e sim, prática. Mateus 19: 16-20.

“Bom, se você guarda os mandamentos, disse Jesus: Vai, vende o que tens e dá aos pobres, depois, vem e segue-me”. Considerando que, os mandamentos se resumem no amor a Deus e ao próximo, dar seus bens aos pobres, seria uma demonstração da guarda dos seis últimos mandamentos, e voltar para segui-lo, seria a demonstração do seu amor a Deus, guardando assim, os quatro primeiros. No entanto, a resposta do jovem, foi cair na real, entristecer-se e sair para nunca mais ser mencionado no texto sagrado.

Não era a intenção de Jesus, humilhá-lo e provar que não merecia ser salvo. É exatamente o contrário. Jesus lhe chamou a atenção para a verdadeira obediência, e, para o verdadeiro Salvador.

Não é impossível que os ricos sejam salvos, do contrário, Abrão, Isaque, Jacó, Davi, Salomão, Jó, José de Arimatéia e um número sem conta de pessoas ricas e que dedicaram suas vidas a Jesus e contribuíram com suas posses para engrandecer o reino de Deus. Mas, Jesus, afirmou, dificilmente! Porque é muito fácil se apegar aos bens materiais e esquecer quem lhes deu. Quem é o verdadeiro dono de todas as coisas. Os ricos caem na tentação de confiar nos seus bens e no seu dinheiro, que podem perder, e pior, não poderão levar quando morrerem.

O que Jesus nos ensina é que, nossa confiança deve estar Nele; nossa fé deve ser Nele e nossa dependência, deve ser Dele.

Portanto, devemos compreender que quando Deus nos diz: “Não furtarás”, está dizendo que devemos desenvolver um caráter honesto, a tal ponto, que mesmo que percamos tudo nesta vida, ainda assim, permaneceremos confiando Nele.

Por Lindomar J. M. Spíndola Rodrigues

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