Um pedido de casamento entre socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), durante o Circuito Viva São João, no Parque Araxá, emocionou quem acompanhava os festejos juninos. Mara Esmeraldo, de 32 anos, fez um intervalo nas músicas de forró para, ao som de Velha Infância, da banda Tribalistas, homenagear o então namorado, Dory Liniker, 30, e oficializar a união entre os dois.
“Resolvi fazer essa homenagem para você porque nós que trabalhamos no serviço de urgência médica, a gente vê como nossa vida é frágil, como ela é pequenininha. E que, em frações de segundos, tudo se transforma em pó”, disse Mara, em meio aos gritos de quem assistia a declaração.
A socorrista contou que os dois foram dar apoio ao evento de festejos tradicionais de São João, na semana em que se comemora o Dia Nacional do Bombeiro (2 de julho), e que teve a ideia de realizar a homenagem.
“Eu cheguei para o organizador do evento e perguntei se poderia homenageá-lo. Aí eu levei as flores, fiz essa homenagem e fiz o pedido de casamento”, explica sobre o momento.
Após o pedido de casamento, o bombeiro civil e socorrista Dory Liniker, conhecido como Dourado, pegou Mara pelos braços e saiu do palco. Ela conta que a reação imediata dele foi a de aceitar o pedido e que no “dia seguinte ele foi encomendar as alianças”.
“A gente pretende casar no próximo ano, que é o tempo suficiente para nos organizarmos, e eu pretendo fazer uma festa no período do São João. Uma festa muito alegre, colorida. Vai ser tudo regional no nosso casamento. Bem simples, mas bem alegre” conta.
“Eu e o Dourado somos muito apaixonados um pelo outro, temos muitas coisas em comum, as nossas diferenças nos completam. A música Velha Infância retrata bem a nossa história, fala em sonhos e pensamentos de ficarmos juntos”, comenta sobre a música que pediu à organização para o momento. Após o pedido, muitas pessoas foram conversam com o casal e parabenizar Mara pela atitude.
Há um ano juntos, o relacionamento do casal surgiu em meio a diversas ocorrências. “Eu o vi pela primeira vez em uma reportagem sobre um resgate de uma explosão no bairro Montese”, lembra Mara que perguntou a um amigo em comum de quem se tratava o bombeiro em questão. “Dois dias depois da matéria, casualmente, eu o encontrei na porta do Frotinha da Parangaba e nós nos apresentamos um ao outro”, pontua.
Na mesma semana Mara foi picada por um escorpião e compartilhou o episódio em um grupo de Whatsapp entre bombeiros e socorristas. Foi quando Dourado ofereceu apoio e os dois começaram a conversar. Um momento especial na história do casal aconteceu durante uma atividade voluntária que eles desempenharam.
“Teve aquela greve dos caminhoneiros, nós fomos fazer uma ação social levando lanche e água potável. Ele me convidou para ir com ele, surgiu o primeiro beijo e estamos aí até hoje”, conta a socorrista.
G1 Ceará
