Shows pagos por Prefeituras: o telhado de vidro de artistas de esquerda, de Anitta a Caetano

O comentário do cantor Zé Neto (da dupla Zé Neto e Cristiano) criticando a Lei Rouanet e zombando da tatuagem íntima feita por Anitta gerou uma onda de revolta após o jornalista Demétrio Vecchioli revelar que a apresentação da dupla em Sorriso (MT) custou R$ 400 mil e foi paga pela prefeitura da cidade. Além disso, diversos municípios teriam contratado os cantores sem licitação. Outros artistas sertanejos também fariam o mesmo, aproveitando feiras do agronegócio.

Assim, fãs de Anitta e ativistas de esquerda amplificaram as críticas e pediram a instalação de uma “CPI do Sertanejo”, iniciando uma caça às bruxas a artistas que façam shows pagos por prefeituras.

No entanto, contratos firmados com municípios não são exclusividade de cantores sertanejos, e shows com artistas com visão política de esquerda pagos por prefeituras são frequentes.

Um caso recente é a Virada Cultural, que custou R$ 20 milhões à prefeitura de São Paulo. Durante as apresentações, diversos artistas se manifestaram contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e a favor do ex-presidente Lula (PT). O vereador Fernando Holiday (Novo) entrou na Justiça pedindo que seja suspenso o cachê da cantora Ludmilla, que receberia R$ 222 mil pelo show em que pediu para que o público fizesse um “L” com a mão.

Também na capital paulista, a cantora de axé Daniela Mercury receberia um cachê de R$ 100 mil por um show em comemoração ao 1º de Maio, mas o pagamento foi cancelado após ela se tornar alvo de investigação da Controladoria-Geral do Município. A baiana, que durante a apresentação segurou uma bandeira com o rosto de Lula jurou nunca ter recebido dinheiro público.

Em outra situação, a ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT) declarou ter pago R$ 715 mil de cachê a Caetano Veloso no réveillon de 2010, e alegou que este valor deveria cobrir diárias e o transporte dos músicos de apoio que acompanhariam o cantor. O detalhe: Caetano fez um show solo, somente com voz e violão. Para a revista Veja, o ele disse que a prefeitura cobriu gastos que ele não fez e nem sequer cobrou.

Por Redação do Sobral Pop News, com Jessé Júnior. Fonte: gazetadopovo

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