Projeto vai construir casa para sete filhos de mulher morta na maior chacina do Ceará

Um projeto social almeja a construção de uma casa para os sete filhos de Edneuza Pereira Albuquerque, morta aos 39 anos no massacre que ficou conhecido como Chacina das Cajazeiras, no interior do “Forró do Gago”, no Bairro Barroso, em 2018.

A chacina aconteceu na madrugada de 27 de janeiro, quando membros de uma facção invadiram o clube Forró do Gago, no Bairro Cajazeiras, onde acontecia uma festa. Eles dispararam vários tiros, matando 14 pessoas. As investigações apontaram a rivalidade entre facções criminosas como a motivação do crime.

Após a tragédia, a filha mais velha, Larissa Albuquerque, de 23 anos, ficou com a guarda dos irmãos e, desde então, eles vivem numa casa alugada com recursos do Program Bolsa Família e a ajuda de amigos.

No ano passado, Larissa conheceu Francielle Lopes, idealizadora do Projeto Social “Amar – Estilo de Vida”. O projeto social, sem fins lucrativos, criou uma campanha para a arrecadação de materiais de construção para a reforma da antiga casa onde Edneuza criava os filhos, na Rua Maria das Graças, também no Barroso.

As primeiras doações começaram a chegar e as obras de reforma começaram na última segunda-feira (8), com parceria do escritório de arquitetura Kazullo. A arquiteta Fernanda Consuelo garante que, apesar de ter apenas 39m2 de área construída, haverá conforto para toda a família: Larissa e os seis irmãos, o companheiro dela e os três filhos do casal (ela já tinha dois e está grávida de oito meses).

Contudo, até o momento, as doações ainda são insuficientes. O projeto “Amar – Estilo de Vida” precisa de mais materiais de construção civil, além de pedreiros, eletricistas e pintores que queiram contribuir com a mão de obra. O projeto abriu uma conta bancária para quem quiser contribuir com dinheiro. A nova casa dos filhos da Edneuza deve ficar pronta em dois meses.

Chacina das Cajazeiras deixou 14 pessoas mortes em 27 de janeiro de 2017.  — Foto: G1/Arquivo
(Fonte G1 CE)

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