O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) recomendou a 47 municípios do estado, até esta segunda-feira (8), a adoção de medidas para a garantia de abastecimento de oxigênio nas unidades de saúde.
O pedido é para que o estoque de oxigênio seja para no mínimo 10 dias de consumo subsequentes, bem como que sejam providenciados os demais insumos, inclusive kits de sedação e entubação, e equipamentos necessários para atendimento, internação e assistência à saúde de pacientes com Covid-19.
- Os gestores municipais devem ainda esclarecer como está sendo feito o controle do estoque de oxigênio para o abastecimento das unidades de saúde, como é feita a fiscalização, se existe canal de troca de informações entre as direções e coordenações das unidades e a Secretaria de Saúde e também a frequência como esse controle é realizado.
Os prefeitos vão ter que se manifestar também sobre a aquisição e controle de estoque de insumos, bem como aquisição e treinamento para o uso do Elmo, capacete de respiração assistida, que auxilia no tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda por Covid-19. O prazo para que os dirigentes comuniquem às respectivas Promotorias de suas cidades sobre quais providências serão tomadas para o cumprimento das recomendações é de cinco dias.
As recomendações foram feitas aos municípios:
- Ararendá
- Banabuiú
- Boa Viagem
- Camocim
- Campos Sales
- Caririaçu
- Cascavel
- Caucaia
- Choró
- Crato
- Croatá
- Eusébio
- Fortaleza
- Frecheirinha
- Graça
- Granjeiro
- Guaraciaba do Norte
- Guaramiranga, Ibaretama
- Ibicuitinga
- Iguatu
- Independência
- Ipaporanga
- Itaitinga
- Itapajé
- Itapipoca
- Itapiúna
- Ipueiras
- Jardim
- Jati
- Juazeiro do Norte
- Madalena
- Maranguape
- Mauriti
- Orós
- Penaforte
- Poranga
- Porteiras
- Quixadá
- Quixeramobim
- Quiterianópolis,
- São Benedito
- Santana do Acaraú
- São Luis do Curu
- Sobral
- Tamboril
- Umirim
Dificuldade na aquisição de insumos
O prefeito de Fortaleza, Sarto Nogueira (PDT), afirmou, em transmissão pelas redes sociais nesta segunda-feira (8), que a aquisição de insumos, como medicamentos e luvas, preocupa o poder municipal. Segundo ele, fornecedores têm se negado a vender alguns desses materiais necessários no combate à Covid-19.
“Um problema que está nos preocupando muito é a aquisição dos insumos. Os insumos são medicamentos, luvas, materiais. O mercado privado saturou a sua rede antes do mercado público. E o que tem acontecido é que, aqui e acolá, fornecedores têm se negado a vender para o poder público”, afirmou.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou, em nota, que a rede tem materiais suficientes para o tratamento de pacientes com a doença. Contudo, a pasta diz que “nacionalmente, existe um crescimento na busca por insumos específicos para tratamento da Covid-19, o que pode ocasionar um aumento nos preços e um maior prazo para a entrega.”
De acordo com a SMS, para que a rede de saúde municipal continue abastecida, a população precisa respeitar as regras sanitárias. “Com a desaceleração na demanda por internação, o suprimento em estoque será suficiente para o acolhimento e não haverá falta de materiais no mercado e carência de fornecimento”, explica.
Por Redação do Sobral Pop News com informações G1/CE