Interpol alerta: crime está mais “internacional e complexo que nunca”

A organização internacional de Polícia Criminal Interpol adverte que o crime ficou “mais internacional e mais complexo do que nunca”, pediu uma maior colaboração de seus membros e destacou que a comunicação também é agora mais efetiva do que antes.

“O crime chegou a um ponto em que é mais internacional e mais complexo do que nunca; há uma nova dimensão que permite um grupo terrorista organizar algo usando só a internet”, declarou à imprensa o secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock.

Em um encontro com jornalistas que antecede o início da 87ª Assembleia Geral da organização em Dubai, nesse domingo (18), Stock afirmou que há “uma situação no plano do terrorismo que chega a quase todo o planeta”.

“Vemos grupos criminosos que não são só um problema nacional, mas estão conectados com outros grupos no plano internacional”, garantiu.

Stock destacou, no entanto, que o número de alertas vermelhos ativos no mundo neste momento é de 57.299, isso porque o “sistema com que contamos é muito efetivo”, disse.

O dirigente da Interpol afirmou que “o sistema de avisos não conta só com alertas vermelhos, mas existem outros”, e que todas eles fazem parte de uma “ferramenta crucial para conseguir que o crime não se esconda em nenhum lugar do mundo”.

Stock afirmou que com este sistema são realizadas “detenções quase diárias no mundo todo de assassinos, estupradores, gente que explora crianças, traficantes e outros membros do crime organizado”.

Um ponto destacado na Assembleia Geral da Interpol, que engloba 192 países, é a decisão sobre se o Kosovo irá se tornar membro de pleno direito, o que abriria as portas a apresentar alertas vermelhos para os funcionários sérvios que o país dos Balcãs considera criminosos de guerra.

A Assembleia Geral da Interpol reúne em Dubai mais de mil delegados oficiais de 171 países, incluídos cerca de 40 ministros e 85 chefes de polícia de todo o mundo, que discutem as complexas ameaças do terrorismo e o crime, assim como os desafios para o futuro.

(Agência Brasil)

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