Ele Virá do modo como subiu !

 ATOS 1: 10 – 11.

E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões Galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir”.

Jesus conviveu com seus discípulos por um período de três anos e meio. Durante esse período de convivência, é possível conhecer bem uma pessoa e desenvolver com ela uma boa amizade.

Os discípulos tiveram o privilégio e a oportunidade de conviver com Seu Mestre por esse período, sem, na verdade, terem uma noção exata de quem Ele era. Acreditavam ser o Messias prometido. Mas o que isto significa? Hoje, nós temos a revelação das Escrituras e toda a história registrada. Fica fácil entendermos a verdadeira natureza do Mestre Nazareno. Mas para eles não era tão fácil assim.

As Escrituras que tinham à disposição, de Gênesis a Malaquias, apontavam para a vinda do Messias. Todos os símbolos do santuário representavam Sua missão e o que deveria fazer pela humanidade; e todas as profecias mostravam que em algum momento da história Ele viria. Há muitas informações precisas do tempo, lugar e a obra que realizaria. Por que, então, aquele povo que tinha os oráculos de Deus, não estava preparado para recebê-lo? João, evangelista, afirma: “Veio para o que era Seu, e os Seus não o receberam”. João 1: 11.

Porque os próprios discípulos não tinham uma ideia exata de quem Ele realmente era? Apesar de todas as mais de trezentas profecias acerca de Sua primeira vinda, de todos os detalhes proféticos e todos os símbolos vivenciados diariamente no santuário, os líderes da nação judaica preferiram ignorar tudo e desenvolver suas próprias teorias acerca do Messias. Desejavam ser a nação mais poderosa do mundo; sair do jugo romano e darem a volta por cima e se vingarem de seus inimigos.

Para tanto, idealizaram, esperaram e projetaram na mente do povo suas próprias expectativas acerca do Messias sem considerarem o que estava escrito. Criaram o mito de um Messias conquistador, que deveria vir como um Imperador montado num cavalo branco e que assumiria o trono de Israel e o conduziria a todas as vitórias. Colocaria Israel novamente no topo, como no tempo de Davi e Salomão. Isto seria fantástico! O povo acreditava, porque eram os líderes, os doutores e intérpretes da Lei que os ensinava assim.

Quando Jesus veio, como filho de um carpinteiro, com nascimento duvidoso, em uma manjedoura, ou seja, num coxo de animal comer numa estrebaria, cheia de esterco. Cresceu de forma humilde, seguindo a profissão de seu pai José; não frequentou as escolas dos Mestres e Doutores da Lei. Era apenas um humilde carpinteiro que viveu de maneira pacata, humilde sem fazer nenhum alarde sobre quem era e qual sua missão neste mundo.

Quando se revelou, ao procurar João Batista, para se submeter ao batismo das águas, mesmo sem ter cometido pecado, mas para dar o exemplo e cumprir as Escrituras, sendo ali ungido pelo Pai e pelo Espírito Santo, para iniciar Seu ministério terrestre. Ali deu início à Sua missão de buscar e salvar o que se havia perdido.

Após sair das águas do batismo, é conduzido pelo Espírito ao deserto, onde passaria 40 dias e 40 noites em jejum e oração, se consagrando para a grande obra que deveria realizar; onde venceria Seu arqui-inimigo num confronto direto, usando como arma apenas o “Está escrito”. Dessa forma também indicando para nós quão poderosa é esta arma contra as forças do mal.

Apesar de toda rejeição; dos escárnios; do abandono e traição; da dor e da própria morte na cruz, Ele venceu! Sua morte foi nossa vitória e Sua ressurreição foi nossa garantia de salvação. Agora precisava retornar para o lar eterno. Os discípulos haviam passado pela decepção, pela dor da separação; pelo medo da perseguição e morte, andavam escondidos, tristes e sem perspectivas, mesmo que seu Mestre houvera lhes falado tudo o que aconteceria com bastante antecipação.

Agora o viam de outra forma. Ali estava o Mestre amado, vitorioso e deixando uma promessa através de Seus mensageiros celeste: “Ele virá do modo como o vistes subir”. Sua vinda será real, pessoal, corpórea e visível, do mesmo modo como o viram subir. Será também gloriosa e na companhia de todos os anjos do céu (Mateus 25; Apocalipse 1: 7). Virá para buscar Seus eleitos, todos quantos creram Nele, se prepararam e o aguardaram ansiosamente. Virá para dar a cada um segundo o que tiverem feito de bem ou de mal com as oportunidades que tiveram neste mundo (Eclesiastes 12: 13 e 14).

Jesus não desamparou Seus discípulos nem mesmo no momento de Sua partida, deixando ali a esperança de Seu retorno e a responsabilidade de darem continuidade à Sua própria missão: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século”. Mateus 28: 19 e 20.

Considerando que todas as profecias concernentes à Sua primeira vinda se cumpriram; considerando que todas as profecias referentes à Sua segunda vinda estão se cumprindo diante dos nossos olhos, nós podemos escolher fazer como os líderes judeus de Seu tempo, criar nossas próprias expectativas, teorias, filosofias e continuarmos vivendo como se nada fosse acontecer e também assim como eles, sermos pegos de surpresa e despreparados.

Mas também podemos fazer diferente. Podemos buscar o conhecimento necessário nas páginas sagradas, crermos em Jesus de todo o coração e nos prepararmos para o grande encontro com Ele, quando vier nas nuvens do céu com poder e glória. Espero que seja esta sua escolha e assim possamos subir juntos numa viagem intergaláctica para recebermos o Reino que ele tem preparado desde a fundação do mundo.

Por Lindomar J. M. Spíndola Rodrigues

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *