Bolsonaro quer que Congresso aprove excludente de ilicitude para militares

© Reprodução/Facebook O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, o presidente Jair Bolsonaro e a intérprete de libras Elisângela Castelo Branco em live no Facebook

O presidente Jair Bolsonaro irá pedir aos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), respectivamente, a aprovação de projeto de lei sobre excludente de ilicitude para militares em operações de GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Segundo Bolsonaro, ele irá conversar com os congressistas depois do Carnaval.

O projeto, que concede proteção a quem matar em serviço, foi apresentado ao Congresso em 21 de novembro de 2019. A decisão do presidente em reforçar a necessidade de tramitação da proposta vem após ele ter autorizado o envio de tropas das Forças Armadas ao Ceará, por meio de decreto de GLO, para reforçar a segurança no Estado.

“Tenho conversado com a Câmara e com o Senado, e acabando o Carnaval, porque a GLO é até o dia 28 apenas, bem curtinho, vou procurar o Davi Alcolumbre e o Rodrigo Maia. Vou fazer 1 pedido para eles, que eu tenho 1 projeto lá dentro dizendo que em GLO os militares têm que ter excludente de ilicitude, ou seja, acabou a missão, ele vai pra casa. Não ficará preocupado de receber a visita de 1 oficial de Justiça e depois responder a uma auditoria militar e pegar até 30 anos de cadeia, o que é uma irresponsabilidade”, disse.

As declarações foram feitas em transmissão no Facebook ao lado do agora ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e da intérprete de libras Elisângela Castelo Branco.

Segundo Bolsonaro, a decisão de estabelecer a GLO é dele, assim como a responsabilidade sobre os atos dos militares e a consequência dos mesmos. No entanto, não quer ter essa responsabilidade sozinho.

“Vou deixar bem claro que é uma coisa de extrema importância para o presidente da Câmara e do Senado. A decisão é deles de colocar em pauta. Agora essa responsabilidade não pode ficar comigo”, disse.

“Vão estar lá militares do Exército. Vai estar 1 garoto de 18 anos lá, homens tem 1 fuzil 762 no peito dele.. ele vai pra praia nas suas folgas, é uma pessoa pura, 1 cidadão. A partir de amanhã esse garoto pode estar com 1 fuzil no peito e estará com 1 fuzil em uma área urbana porque alguém colocou ele lá com esse fuzil. E esse alguém sou eu. Eu sou o responsável, coisa que nenhum presidente assumia até hoje, largava e que se exploda o cara”, disse, ao justificar o GLO.Veja mais no MSN Brasil:

O presidente pediu ainda apoio à bancada do Ceará e dos congressistas que eventualmente pedem o uso das Forcas Armadas em seus Estados.

Segundo o presidente, é preciso entender o papel dos militares em uma região de “guerra”, os quais não podem ser julgados por “leis da paz” depois.

“Nós temos que ter responsabilidade e o pessoal que está cometendo delitos, crimes, nessas regiões, onde por 1 motivo qualquer, 1 motivo justo, tem que entender que quando o pessoal verde está chegando o bicho vai pegar. Porque se é para tratar com força essa galera, não fica enchendo o nosso saco, vão pedir para outras instituições cumprir essa missão, que não seja nós. Isso é coisa de responsabilidade, é coisa séria. Se estamos em guerra urbana nós temos que mandar gente para lá para resolver esse problema. E acaba a guerra não podem depois ser julgados por leis da paz, onde aqueles otários ficam soltando pombinha na Lagoa Rodrigo de Freitas, abraçando 1 monumento qualquer achando que dessa maneira 1 vagabundo vai se preocupar. Ele só pode é morrer de rir de vocês”, disse.

Por Redação do Sobral Pop News com informações do Poder 360

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