Quem dera fossem dezembros, os meses do ano inteiro

Nada é mais importante do que ser solidário e prestar auxílio a quem necessita. Dezembro é um mês contagiante, que se presta a isso. Estimula as pessoas ao cometimento de boas ações. Uma energia do bem circunda o cotidiano de todos nós, ampliando a solidária bonomia; o desapego saudável e a facilidade de atos que creditam atitudes positivas.

É o mês do nascimento da criança que revolucionou o pensamento humano, com sua mensagem pacificadora, fazendo de cada um de nós um difusor de boas ações. Estimulado por esse sentimento crístico, renovamos os votos de boas festas às pessoas. Condicionamos presentear os amigos em segredo, mesmo aqueles com quem possamos ter tido diferenças ao longo do ano.

Dezembro é significativo pelas formas diversas com que a humanidade sintoniza a estação ambientada de mensagens de paz. Pela nobreza com que os corações se revestem. Pela manifesta forma de sermos gentis, mesmo que no resto do ano tenhamos infringido com a intolerância de nossos pensamentos. Este ano, principalmente, esses sentimentos se revelaram durante o período da campanha eleitoral.

Que bom seria se o ano todo fosse Dezembro. Que o ar respirável de afetuosidade não se desperdiçasse tão logo atravessemos a fronteira do novo ano, quando geralmente reingressamos na inquietante forma de sermos iguais no restante dos meses.

Quem dera que esse clima dezembrino ambientasse mais tempo em nossos corações transfigurados em luz, onde muitos fazem questão de transformá-los em abençoadas manjedouras a aguardar o renovo de paz do menino chamado Jesus que renasce no mundo. Ele que é uma prova confirmada de que o amor esteve entre nós há algum tempo atrás. E se foi por nossa indolência e maldade.

A saudade dele é tão grande que, todo dezembro, a gente se reveste de esperança para que, ao menos, a sua mensagem renovadora impere em nosso íntimo no restante dos dias que virão.

Quem dera fossem dezembros, os meses do ano inteiro.

Por: Nonato Albuquerque  ARTIGO / Tribuna do Ceará

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