Mãe de bebê prematuro agradece profissionais do HRN pelo cuidado acolhedor

Mãe de primeira viagem, a supervisora Bruna Raelia Bezerra de Sousa, 24, não imaginava que sua gravidez de risco poderia ocasionar um parto prematuro do tão esperado filho, Robson Matheus. No dia 26 de agosto, o bebê nasceu em uma ambulância vinda de Cruz, a 117 km de Sobral, em direção ao Hospital Regional Norte (HRN), do Governo do Ceará, e teve início toda uma história de dor e medo que terminou na alegria da alta hospitalar na sexta-feira, 14.

“Chegamos aqui no Regional e toda a equipe nos acolheu. Estamos com três meses e hoje recebendo alta. Sou muito grata a toda a equipe desde controlista, enfermeira, técnico, médico, por ter ultrapassado aquilo que era só um trabalho e ter sido um pouco de minha família, um pouco de mãe do Robson, um pouco de tia, um pouco de mãe para mim também em situações muito difíceis que ele passou em hemorragias e muitos procedimentos pesados para ele que nasceu com 800 g. Foram tantas situações difíceis e aqui todos acabaram se tornando minha família também. E hoje não é uma vitória só minha, mas desses titios que estão aqui e que vão ficar acompanhando o Robson de longe, porque eu vou fazer questão de mostrar para ele que aqui no hospital nós deixamos uma família enorme com o coração gigante”, disse Bruna antes de deixar o HRN.

Bruna lembra que teve uma infecção urinária de repetição e sentia contrações desde os primeiros meses de gestação. Passado o primeiro trimestre, ela passou por uma cerclagem, cirurgia que costura o colo uterino para evitar o nascimento antes da hora, em um hospital no município Acaraú, a 112 km de Sobral, onde fazia o pré-natal. A intervenção cirúrgica, no entanto, não foi suficiente para impedir o nascimento do filho.

Sentindo dores e tendo sangramentos, Bruna foi ao hospital local. Com apenas 25 semanas, ela já estava com 4 cm de dilatação e precisou ser transferida às pressas para o HRN para que o parto de risco fosse feito no hospital. Robson nasceu na ambulância e, por ter prematuridade extrema, teve sérias complicações. Enquanto o bebê era levado para a sala de reanimação, a mãe subiu para o centro cirúrgico para retirar os pontos da cerclagem.

Robson Matheus nasceu com 30 cm e 800 g e precisou ser internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal), onde ficou um mês e 20 dias, passou ainda pela Unidade de Cuidados Intermediários (UCI Neonatal) e depois foi para a Canguru. O bebê teve duas hemorragias no pulmão e muitos problemas de saúde como a intolerância à proteína do leite, mas conseguiu vencer. “É uma vitória muito grande minha, do Robson e dos profissionais do Hospital. Fui muito bem acolhida nesse hospital com tanto amor que parecia minha família”, completa Bruna.

Em cinco anos, mais de seis mil bebês foram atendidos na Neonatologia do HRN, que contempla a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), a Unidade de Cuidados Intermediários Convencional (UCINCo) e a Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa). São 44 leitos, dos quais 10 na UTI Neonatal, 25 na UCI Neonatal e nove na Canguru. São atendidos pacientes de 55 municípios da Região Norte do estado do Ceará.

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