Garota trans morta a facadas no Ceará sofreu ofensas homofóbicas antes de ser assassinada, diz família


Vítima e a amiga foram perseguidas após serem ofendidas por um grupo. Um inquérito policial foi instaurado, e a Delegacia Regional de Juazeiro do Norte investiga o caso.

A adolescente trans Pietra Valentina, de 16 anos, sofreu ofensas homofóbicas antes de ser assassinada a facadas em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, conforme a família. Ela estava acompanhada de uma amiga, que conseguiu fugir do ataque.

O crime aconteceu em 5 de abril, na Travessa São Sebastião, no Bairro Pio Xll. Até esta segunda-feira (12), uma semana após o assassinato, ninguém foi preso, e o caso é investigado pelo Núcleo de Homicídios de Proteção à Pessoa (NHPP) da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte.

De acordo com uma parente de Pietra, ela e a amiga caminhavam pelo bairro quando foram ofendidas por um grupo que consumia bebida alcoólica.

“Nessa volta que eles foram dar, eles passaram em frente a um pessoal que estava em uma casa, tinha várias pessoas bebendo nessa casa e soltaram uma piada relacionada. A única palavra que ele escutou foi ‘viado’. Eles seguiram, continuaram andando, justamente pelo fato de já serem acostumados a escutar essas piadas das pessoas e eles seguiram o destino deles, para onde eles iriam”, relata a parente.

Segundo a familiar, após o episódio as jovens foram seguidas por duas pessoas em uma motocicleta. “Ele (amigo da vítima) disse que após dar a volta no quarteirão do local onde as pessoas estavam, vieram duas pessoas de moto que acompanharam eles e aí já desceu da moto e já foi para o lado do Marcos [Pietra]. Como o pessoal foi por trás deles, e o Marcos estava mais atrás, o amigo dele conseguiu correr e já conseguiram segurar o Marcos e efetuar a facadas nele. O amigo dele com medo saiu correndo e foi embora”, afirma.

Por Redação da Emily Aragão com fonte G1/CE

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