Após prisão de deputados, PSL quer no comando da Alerj eleito que quebrou placa de Marielle

O cenário da disputa pela Presidência da Assembleia Legislativa do Rio mudou depois da Operação Furna de Onça, da Polícia Federal e em desdobramento da Lava Jato, que levou à prisão, na última quinta-feira, mais de sete deputados cariocas. Ainda na fase de articulação, a eleição pelo comando da Casa já tem embates entre parlamentares e um indicativo de polarização que promete se estender ao longo da nova legislatura, informa o Portal Uol.

Entre os presos, está André Corrêa (DEM), até então potencial candidato à presidência da Alerj com o apoio do PSL, partido da família Bolsonaro e que elegeu a maior bancada da Casa, com 13 deputados. Antes de ser detido, Corrêa prometeu uma caçada implacável à corrupção em seu eventual mandato e a retirada do PSOL do comando da Comissão de de Direitos Humanos da Alerj, posto que o partido ocupa há 12 anos.

Mas, após a prisão, o PSL passou a cogitar outro candidato para a liderança do Parlamento fluminense: o deputado eleito Rodrigo Amorim (PSL) – que ganhou notoriedade após destruir uma homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), durante ato de campanha.

“O PSL estava optando por apoiar o antipetismo representado pelo André Corrêa. Mas, diante da prisão dele, não faz sentido seguir com essa possibilidade. O deputado ainda tem direito à defesa e nega participação no esquema. Nosso filtro para apoiar alguém ou não para o cargo se tornou até mais rigoroso depois da Furna da Onça: não pode ter o nome associado a nenhuma denúncia e não pode ter votado, em 2017, pela soltura dos deputados Edson Albertassi, Jorge Picciani e Paulo Melo. Nesse sentido o Amorim supre as nossas necessidades”, disse o também deputado eleito Alexandre Kinoploch (PSL).

(Foto – Facebook)

Por Eliomar de Lima

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