O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), defendeu rapidez na aprovação da proposta e falou em empenho para que as alterações apresentadas na Casa sejam feitas por meio de uma proposta paralela, evitando que o texto inicial retorne para a Câmara dos Deputados.
Para Tasso, o País não suportaria arrastar a reforma da Previdência para o ano que vem. “Nós faremos praticamente deixar incólume aquilo que é o coração do que foi aprovado na Câmara e tentarmos através de uma PEC paralela colocarmos aquelas modificações, alterações e adições que forem decidias aqui (no Senado)”, declarou o tucano, ressaltando entender que esse é um consenso no Senado.
Ele admitiu que é “impossível” uma unanimidade em torno da proposta, mas afirmou que consenso e diálogo são possíveis. Jereissati prometeu fazer audiências públicas necessárias sobre o tema na CCJ. A comissão já abriu a possibilidade de senadores apresentarem requerimentos para realização de audiências públicas.
Tasso afirmou que a perspectiva é de votar a proposta no plenário da Casa em até 60 dias. A intenção do Governo é votar o texto em quatro semanas na CCJ e depois em mais duas semanas no Plenário.
A Câmara concluiu na quarta-feira (7) a votação do segundo turno da PEC da reforma da Previdência, rejeitando todos os destaques supressivos.
Cronologia
20 de fevereiro
Jair Bolsonaro entrega a proposta de reforma da Previdência no Congresso Nacional
23 de abril
CCJ da Câmara aprova, por 48 a 18, parecer do relator Marcelo Freitas (PSL-MG)
4de julho
Comissão Especial aprova, por 36 a 13, o relatório do relator
10 de julho
Plenário da Câmara aprova texto-base em primeiro turno por 379 votos a 131
13 de julho
Câmara conclui o primeiro turno da votação após aprovar quatro destaques ao texto
7 de agosto
Câmara conclui o segundo turno da votação sem aprovar alterações no texto
(DN)