Rápida Reflexão: Em Miguel, Os Punhos Fechados De Deus!

 

E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.
E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz.
E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas.
E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho.
E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.
E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.
E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos;
Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus.
E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.
Apocalipse 12:1-9

-I-

Tão cansativo,

Tudo é tão previsível,

Amanhã será pior que hoje,

Esta é a dança do Mal,

Este é o ritmo do Inferno,

Sempre contrário,

Sempre maligno,

Sempre indigno,

Contrariando o Bem,

Colocando-se em protesto,

Contra Deus, aberto diabólico manifesto,

Em eterno abandono,

Ofertando rosas da solidão,

Maligno adeus,

Ao benigno ao benéfico,

Eterna queda,

Decaimento incessante degradante,

Sempre um abandono!

-II-

São O Que São!

Não querem a Salvação,

Ensandecidos pelo ódio estão,

Assim sempre permanecerão,

Desde a primeira guerra contra Miguel, bélica esfera,

Que perdeu e gemeu o mal não venceu!

Batalha houve no Céu:

E o arcanjo venceu o querubim,

Impondo vergonhoso desonroso fim,

À vaidade angelical,

À desunião, Luciferiana divisão,

E isto os provocou, revoltou,

E nisto se enxergou,

A ira de Lúcifer,

O ódio assim se formou,

Iniciou,

Deliberou,

A perseguição ao Amor,

Onde o ódio maturou,

Formatou,

Contornou, forma ganhou,

Linha, margem, desenhou,

Sim, forma contornou!

Onde tudo se iniciou…

Onde o ódio e o amor,

Lado a lado,

O humano destino gerou!

-III-

Anjos digladiando,

Forças imateriais se enfrentando,

Se confrontando,

Potencias espirituais se opondo,

Um Universo dualista se moldando,

Consequências eternas se acumulando, se principiando,

A História do Homem começando

Dentro de um turbilhão de interesses se principiando,

Lados se estruturando e se formando,

Ideais distintos se combatendo se indispondo,

Há guerra no Céu e a Serpente não está ganhando,

Está em humilhação se afundando,

Adentrando,

Ódio fecundando,

A Criatura pela Criatura, perdendo,

Vitória e glória não alcançando!

-IV-

Deus, não “suja as mãos”,

Deus tem coisas mais proveitosas a fazer,

Barro a preparar,

O Homem à confeccionar,

Então deixa o arcanjo ao querubim suplantar!

O arcanjo faz o querubim,

Amargar,

Chorar,

Gritar,

A derrota eterna provar,

Inteiramente, plenamente, degustar,

Eternamente, saborear,

Provar,

De fel, se encharcar se lambuzar,

Com a dor, matrimônio eterno firmar,

Com o ódio, parceria infinita formar!

-V-

O arcanjo venceu o querubim,

E pisou-lhe a face,

E o que antes era belo,

Torna-se indescritível horror fétido,

Pavor decrépito,

Morte, mentira, destruição,

O que antes belo era,

Agora é o outro lado desta moeda!

-VI-

Como foi que caíste dos céus, ó estrela da manhã, filho d’alva, da alvorada? Como foste atirado à terra, tu que derrubavas todas as nações? Afinal, tu costumavas declarar em teu coração: “Hei de subir até aos céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me estabelecerei na montanha da Assembleia, no ponto mais elevado de Zafon, o alto do norte, o monte santo.…

Isaias 14, 12-13

O arcanjo destroçou o querubim,

Assim,

A realeza imperou na beleza real e verdadeira,

Reflexo de Deus em glória e certeza,

O que realmente belo é,

Chutou expulso tornou,

Evacuou, expeliu a débil criatura vil,

Desarmônica,

Variação imprecisa na invariável imutável linda harmonia divina,

Sublime perfeição,

Perfeita equação!

 -VII-

O arcanjo venceu o querubim perdeu,

Que resposta não possuía,

(Ridícula desvalia!)

Em mudez, o querubim se fez,

Quando indagado foi, com bélica pergunta,

Única: – “QUEM COMO DEUS?”

 -VIII-

O arcanjo venceu,

O querubim perdeu,

Sim! Em mudez calado tornou-se vez de mudez,

Quando questionado,

Quando perguntado,

Quando afrontado,

Quando indagado,

Fez-se de desencontrado, desentendido,

Confuso, tolo palhaço,

-“QUEM COMO DEUS?”

O querubim enlouqueceu!

– “QUEM COMO DEUS?”

O querubim no combate se perdeu,

Não mais combateu,

Tal questão o ensandecia,

Esta pergunta sua derrota apresentava, esclarecia,

Esta interrogativa o matava o desqualificava o diminuía,

Em chamas seu corpo ardia,

-“QUEM COMO DEUS?”

Resposta esta ele desconhecia,

Logo ele que tanto e tanto conhecia de tudo sabia,

Tanto podia,

De nada adiantou esta valia,

Na vaidade imersa,

Em vaidade dispersa,

Tanta pecaminosa rebeldia!

 -IX-

 Ao que Jesus lhes revelou: “Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago. 

Lucas 10.18

O arcanjo Miguel e o querubim Lúcifer,

E o Céu como estampa de lúcida ocasião de fé,

Nele desenrola épica História,

A criatura vencida pela criatura, incrível aventura,

Conforme quis o Criador,

Assim,

Superou suplantou o mal,

O Amor!

-X-

 Seres angelicais gerando conflitos substanciais,

O Mal e o Bem, lado à lado,

Como partes do enredo existencial,

Onde está depositado o Homem,

Em arbítrio livre, afinal,

De que serviriam as escolhas se não amargássemos ou desfrutássemos as consequências todas?

 -XI-

 O arcanjo não tinha ordem de exterminar o querubim,

O arcanjo não poderia ali ter encerrado tudo enfim,

Mas no Lago de Fogo,

Está o fim do decaído querubim,

No lago de fogo e enxofre está a coroa deste rei dos tolos,

Bobo da corte dos loucos!

-XII-

A existência real do mal,

Quando negada é maligna eficaz arma,

Contra o bem, utilizada,

Quando afirmada esta existência creditada,

É preparo, ordem entoada  trombeta tocada para batalha soada,

Dia após dia,

Luta renovada,

Chamada dada para esta guerra tão amada!

Toque de Shofar* para batalha,

Escutada pelos que em Cristo tem salvação concretizada,

Na Cruz, alcançada!

 -XIII-

 Batalha de presenças,

Luta de influências,

Opressões, bilaterais imposições,

O arcanjo destroçou o querubim desfigurou,

A potência foi tão intensa,

A imensa santa violência foi tão sem qualquer clemência,

(Como deveria se como era para acontecer, se suceder),

Que mudou a estética do querubim,

Que já tinha se adulterado contra Deus se levantado,

Já tinha se iniciado se modificado, malcriado na essência se alterado, variado,

E o braço do arcanjo.

Finalizou (a revolta), silenciou (o protesto),sancionou (a derrota),

A extinção do outrora existido,

Lúcifer agora em Satã,

Acontecido,

Morto nascido,

Natimorto gerado concedido,

Apresentado deformado pela vaidade desestruturado, desvalido!

-XIV-

O braço de Miguel,

Era como o dedo mínimo de Deus!

Não havia como parar a fúria do arcanjo,

-“QUEM COMO DEUS”? era o que saia pronuncia havia de sua boca se ouvia!

Lúcifer jamais imaginou  existir tamanha dor, como a que Miguel lhe oferecia através de seus punhos lhe concedia,

Conseguia compor,

Dispunha sem medidas ou contido fervor!

Uma inesgotável chuva de mãos pétreas descendo incessante delirante no rosto de Lúcifer,

Até remodela-lo!

Em bestial visão de demoníaca aparência transformá-lo!

Refazê-lo!

Desfigurá-lo!

Assim o arcanjo foi vitorioso,

Mas não tinha a ordem de finalizar,

Lúcifer extinguir, destruir,

O protestante, acabar!

-XV-

A velocidade de fúria sóbria de Miguel, só foi comparável em inusitada singular ocasião à surpresa de Lúcifer diante de tamanha ira de Deus pelo arcanjo, desferida, concebida!

Como um “punho de abelhas” o arcanjo representou um arquétipo da noiva que em Cristo adentra o livro da vida, ou da mulher, Maria vencendo onde Eva declinou.

Maria em seu “faça-se”, a criatura novamente vence outra criatura,

Através da crença no filho de Deus, a criatura vence outra criatura,

Em temor e tremor a ira de Deus é o fim e começo de tudo em sua inimaginável holística presença!

 -XVI-

 Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia.
Daniel 10:13

Miguel, um dos príncipes , possui a diferença nominal que o designa o denomina.

Atestando seu ser especial, em  nome estampa seu diferencial,

QUEM COMO DEUS? É sua marca que o nomina,

Designa e sente-se a fúria que se aproxima,

Quando ele vem, ainda que esteja bem além!

É potência,

Vida e morte,

É característica uma, única,

Escolhido por Deus entre os outros príncipes,

Fúria bela como música.

Compondo a sinfonia da derrota daquele que protestou, contra Deus ruído causou, contra Deus ousou!

Antagonizou assim se colocou,

Então Miguel o desfigurou, com os punhos o redesenhou,

Por Deus o derrotou,

Aquele protestante, Miguel inqueriu,

Em santa inquisição o impeliu,

-“QUEM COMO DEUS?”,

Ao inimigo silenciou, calou, baniu!

-XVII-

Miguel ia acabar Lúcifer,

A misericórdia em sabedoria de Deus segurou reteve o campeão parou,

Para que se cumprisse o Escrito,

Aquele não seria o instante na Sagrada Escritura descrito,

Sobre Lúcifer, decidido,

Pois sua derrota total viria ao final,

No lago de fogo, imerso, mergulhado,

Humilhado,

Vendo todo seu intento fracassado,

O anjo de luz tornado pobre diabo,

De portador da luz, para adversário,

Encontraria então final adequado.

 

E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.
Daniel 12:1

Deus te abençoe!

Bom dia!

Autor: Jessé Vitorino da Silva Júnior

Teólogo. Pós-Graduado em Ciências da Religião

Sobral Pop News

*Shofar:

shofar (do hebraico שופר)[1][2] ou, em sua forma aportuguesada, xofar[3] é considerado um dos instrumentos de sopro mais antigos. Somente a flauta do pastor – chamada ugav, na Bíblia – tem registro da mesma época, mas não tem função em serviços religiosos nos dias de hoje. O shofar não produz sons delicados, como o clarim moderno, a trombeta ou outro instrumento de sopro e, para os judeus, não é apenas um instrumento “musical”, mas sim um instrumento tradicionalmente sagrado.

conforme: https://pt.wikipedia.org/wiki/Shofar

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