Tiago 4: 7.
“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti a diabo, e ele fugirá de vós”.
Diz-se comumente que a corrente quebra onde o elo é mais fraco. Podemos também afirmar que uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco. De nada adiantará uma corrente de 100 elos para segurar um navio no cais, se um deles está enferrujado e fraco, na hora da pressão ele irá quebrar.
O mesmo princípio se aplica em nossa vida espiritual. O inimigo se concentra em atacar nossos pontos mais frágeis. Nossos: “calcanhar de Aquiles”. Então perguntamos, como o inimigo conhece nossos pontos fracos, se não pode ler nossos pensamentos?
Para responder, vamos analisar o seguinte:
Como que, uma mãe pode conhecer tão bem seus filhos, ao ponto de saber exatamente o que precisam; o que pensam; o que querem? Não é exatamente porque os gerou em seu ventre, mas porque os acompanhou desde seu nascimento. A mãe acompanha de perto seus filhos, é sua melhor Psicóloga e amiga, sabe tudo o que precisa, e não tem necessidade de ler seus pensamentos. É a convivência, a companhia, todo o amor que sente por cada um.
O Apóstolo Pedro em sua segunda carta afirma: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”. II Pedro 5: 8.
O inimigo nos vigia. Conhece nossos passos, onde entramos e quando saímos, o que fazemos, falamos, comemos, nossos gostos e desgostos. É evidente que seu interesse nos filhos de Deus não é porque morre de amores, mas porque é um leão devorador. Quer encontrar presas e destruí-las. Embora não leia nossos pensamentos, mas conhece nossas fraquezas e as ataca.
A Escritora Norte Americana, Ellen White se reporta a esta questão, da seguinte forma: “Quando a Palavra de Deus é aberta sem reverência e oração, quando os pensamentos e as afeições não estão centralizados em Deus nem em harmonia com Sua vontade, a mente fica obscurecida pelas dúvidas. O próprio estudo da Bíblia fortalece o ceticismo. O inimigo apodera-se dos pensamentos e sugere interpretações incorretas. Sempre que os homens não buscam, por palavras e atos, estar em harmonia com Deus, por mais preparados que sejam, estão sujeitos a errar em sua compreensão das Escrituras. Não é seguro confiar em suas explicações. Os que abrem as Escrituras para encontrar discrepâncias não têm conhecimento espiritual. Com visão distorcida, verão muitas razões para a dúvida e descrença em coisas que são realmente claras e simples” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 111).
A ênfase e o contexto são: “Quando a Palavra de Deus é aberta sem reverência e oração, quando os pensamentos e as afeições não estão centralizados em Deus nem em harmonia com Sua vontade, a mente fica obscurecida pelas dúvidas”. A Palavra de Deus aberta sem reverência e oração; Pessoas que não buscam sua compreensão para se harmonizar a elas, mas sim para buscar suas próprias conveniências, ou para encontrar argumentos para discussão ou distorções. Certamente terão o auxílio do inimigo para isso; ele não medirá esforços para soprar-lhes ideias errôneas e distorcidas para macular a verdadeira compreensão das Escrituras. Realmente “não é seguro confiar em suas explicações”. Podemos ter certeza que, assim como uma mãe que conhece bem seus filhos, alguém que conhece bem seu melhor amigo, e até um inimigo que estuda tudo sobre o outro para poder lhe atacar, assim é o inimigo de Deus e nosso também. É um inimigo invisível, que está à nossa espreita pronto para nos atacar. Não precisa conhecer nossos pensamentos pra saber quais são nossos pontos fracos.
O sábio conselho da Palavra de Deus através de Pedro é: “Sede sóbrios e vigilantes”. Conhecer bem a Palavra de Deus, contudo, estudando-a com reverência, humildade, seriedade, sinceridade e em oração: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti a diabo, e ele fugirá de vós”. Tiago 4: 7.
Certamente Deus colocará seus anjos à nossa volta para nos proteger e guardar.
“O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra”. Salmos 34: 7.
Por Lindomar J.M. Spíndola Rodrigues
