O destino dos Fiéis

O DESTINO DOS FIÉIS – III

Apocalipse 20: 4.

Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da Palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca da fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo mil anos”.

Considerando a complexidade desse texto, o estudaremos por parte.

Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar…”- Três coisas se destacam nessa primeira parte.

  1. Vi também tronos”.
  2. E nestes, sentaram-se aqueles”.
  3. Aos quais foi dada autoridade de julgar”.
  4. Tronos– Quem se assenta em tronos? Quando se fala de trono, pensamos em um Rei. Em se tratando da chegada dos salvos no céu, onde João viu os tronos, imaginamos Deus, nesse caso Jesus. Mas algo nos chama a atenção: João não viu um trono. Ele fala de tronos. Milhares de tronos. Certamente é algo inimaginável; no entanto foi a cena presenciada em visão pelo apóstolo preso na Ilha rochosa de Patmos: Jesus sentado no trono principal e cercado de milhares de tronos.
  5. Aqueles– “Nestes, sentaram-se aqueles”: Nos tronos sentam os reis, no entanto, Jesus tem tronos preparados para todos os Seus filhos fiéis. Estes se sentarão ao lado de Seu amado Mestre, o Rei do Universo. Sentar-se em um trono ao lado de Cristo no céu, é o maior privilégio jamais concedido a um mortal. Considerando que nessas circunstâncias, os fiéis já terão alcançado a imortalidade, concedida no ato da volta de Jesus. Agora, esse privilégio implica na maior demonstração de amor e confiança naqueles que foram resgatados pelo preço do Seu sangue, portanto, cumprindo Sua promessa, concede-lhes assentar-se ao Seu lado, como príncipes, filhos do Altíssimo.
  6. Tronos– Todo grande privilégio vem acompanhado também de uma grande responsabilidade. Os salvos não se assentarão em tronos apenas para assistir Jesus reinar e cumprir Suas atividades como Rei eterno. Estão ali com uma razão muito especial: “Viveram e reinaram com Cristo mil anos”. Apocalipse 20: 4 u. P. – O que significa reinar com Cristo mil anos? Certamente a expressão “mil anos”, no Apocalipse, repetida muitas vezes, fazem referência a um mesmo período de tempo, onde muitas coisas estarão acontecendo simultaneamente. Uma delas é: Os salvos reinando com Cristo; período que se inicia no ato do retorno de Cristo a terra. Após esse período outros acontecimentos tomarão lugar (próximos temas). Reinar com Cristo mil anos, significa participar diretamente da segunda etapa do juízo final; farão uma revisão nos autos, os livros de registro da vida dos perdidos.
  7. Juízo final– Na verdade o juízo teve início logo após a queda do homem, lá no Jardim do Éden. Ao pecar, Adão atraiu sobre si e sua descendência a condenação do pecado: Morte eterna. A ordem de Deus foi descumprida. O Homem era culpado e merecia morrer. Perdeu a pureza e santidade que o envolvia, e não poderia mais estar na presença de Deus. Poderia ter morrido imediatamente. Mas por amor, Deus fez cumprir Seu plano B. Inicialmente, teria que aceitar pela fé esse plano; demonstrar sua fé através de atos que simbolizassem o final cumprimento deste plano para resgatá-lo e à sua descendência, e, ser fiel em obediência como ato de amor. Deus proveu um cordeiro para morrer em seu lugar, símbolo do que aconteceria com o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1: 29). Ao morrer na cruz do calvário, Jesus cumpriu a exigência da Lei, o preço do pecado. Ele, sem pecado, morreu no lugar de todo pecador. Adão aceitou o plano de Deus, e na volta de Jesus, ressurgirá e receberá a recompensa, a vida eterna, perdida no Paraíso e que custou a vida do Filho de Deus. Mas, para que também sejamos salvos, precisamos da mesma forma, utilizar nosso livre arbítrio para escolher a quem servir. Durante toda a história da humanidade, este julgamento esteve em andamento na primeira parte do santuário, conforme modelo dado por Deus a Moisés, para fazer o terrestre da mesma forma que o celestial, o trono de Deus. No entanto, conforme simbolizado profeticamente através dos serviços do santuário terrestre, haveria o momento em que o Sumo Sacerdote sairia do lugar santo para o santíssimo, ou santo dos santos. Diariamente cordeiros e demais ofertas eram sacrificados e ofertados no lugar santo para simbolizar a fé e aceitação do pecador ao plano de salvação que se concretizaria na pessoa de Jesus. Mas, uma vez ao ano, o sumo Sacerdote entrava no lugar santíssimo para fazer um sacrifício por toda a nação. Símbolo do Juízo final, ou seja, a última parte do julgamento, a purificação do santuário. O profeta Daniel recebeu uma visão onde o anjo apresenta o momento exato em que Jesus passaria do lugar santo para o santíssimo do santuário celestial (tema futuro, especificamente sobre o santuário). O juízo final acontecerá em três fases. 1- Juízo investigativo– Inicia na passagem de Jesus do santo para o santíssimo do santuário celestial (Daniel 8: 14) e vai até início do derramamento das sete pragas do Apocalipse, quando dá a sentença final indicando o destino dos salvos e dos perdidos (Apocalipse 22: 11), os que foram selados com o selo de Deus, e os que aceitaram o selo da besta. As pragas serrão derramadas sobre os maus, e estes perseguem os salvos, até que Jesus volte para resgatá-los. 2- Juízo judicativo (revisional)- A segunda fase do juízo final acontece durante o Milênio. Enquanto na primeira fase, Jesus julga juntamente com os anjos, como testemunhas, na segunda, Jesus julga juntamente com os salvos. Estes terão acesso aos livros de registro da vida de cada pecador que não aceitou o perdão, portanto, não ressuscitou na primeira ressurreição no momento do retorno de Cristo. Estes permanecerão no pó da terra, inconscientes, por mil anos, quando haverá a segunda ressurreição. Não poderá haver nenhuma dúvida na mente dos salvos, quanto à justiça de Deus, na eternidade. Entenderão que, quem não foi salvo, não foi por falta de esforço e boa vontade de Deus, mas, por decisão individual. 3- Juízo executivo- A terceira fase do juízo final, será a execução final de Satanás e de todos quantos escolheram estar do lado dele, rejeitando o amorável convite do Salvador e seu perdão (Apocalipse 20: 7 – 10).

Falando desse trágico final para os perdidos, Pedro dá um conselho, que deveríamos atentar enquanto nos é possível: “Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade”. II Pedro 3: 11.

Por Lindomar J.M. Spíndola Rodrigues

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