Lucro da Enel cresce mais de 10 vezes impulsionado por tarifa maior

No primeiro trimestre deste ano, o lucro líquido da Enel Distribuição Ceará saltou de R$ 7,01 bilhões para R$ 82,63 bilhões, o que representou uma expansão de mais de 1.000%.O desempenho também se projetou sobre o EBIT e o EBITDA entre janeiro e março. O primeiro, referente ao lucro antes de juros e impostos, avançou de R$ 28,6 milhões (2019) para R$ 123 milhões (2020). Já o segundo, que diz respeito aos lucros de juros, impostos, depreciação e amortização, saiu de R$ 86,7 milhões (2019) para R$ 189,1 milhões (2020).

Já a receita bruta da Enel Ceará cresceu 10,4% em relação aos três primeiros meses de 2019, somando R$ 1,997 bilhão. Segundo a companhia, o resultado se deu, principalmente, em razão da revisão tarifária de 8,22% aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em abril do ano passado. Outro fator que contribuiu para o resultado foi o maior volume de energia transportada aos clientes do mercado livre, que cresceu 2,7% em comparação a igual período do ano anterior.

De janeiro a março, os investimentos da Enel somaram R$ 236,9 milhões, alta de 43,8% ante o primeiro trimestre de 2019 (R$ 164,7 milhões). Segundo Nicola Cotugno, gerente da Enel no Brasil, o valor foi aplicado sobretudo na melhoria da rede. “Estamos investindo fortemente na modernização e digitalização da rede elétrica no Estado do Ceará e este esforço será percebido na retomada da melhoria da qualidade do serviço, especialmente no médio prazo. Além do expressivo aumento nos aportes para melhoria do serviço, os resultados deste primeiro trimestre demonstram o avanço já registrado nos últimos meses na recuperação dos indicadores econômico-financeiros da distribuidora”, disse em nota que acompanha o resultado da companhia.

Reajuste 

Sobre o aumento da tarifa deste ano, a Enel destacou que foi homologada pela Aneel o resultado do reajuste tarifário anual da companhia, de 3,94% ao consumidor final. Devido à Covid-19, a Aneel autorizou o adiamento da nova tarifa até 1º de julho. A Enel ressaltou que para se precaver de qualquer necessidade emergencial de caixa, em 31 de março de 2020, a empresa tinha a seu dispor R$ 180 milhões em limites abertos de conta garantida e linha comprometida para utilização em operações de curto prazo.

Qualidade

No primeiro trimestre houve uma queda na qualidade do serviço oferecido pela Enel, segundo os indicadores DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora). O DEC registrou um aumento de 13,3%, passando para 13,44 horas. E o FEC registrou um alta de 13,9%, ao passar de 5,17 vezes no primeiro trimestre do ano passado para 5,89 vezes.

No mercado cativo, que compreende os consumidores que só podem comprar energia elétrica da concessionária, houve uma redução de 1,6% ante o primeiro trimestre de 2019. A redução se deu principalmente pela migração de clientes para o ambiente de contratação livre (modalidade na qual o usuário consome diretamente do fornecedor). Quanto aos impactos das restrições de atividades em virtude da Covid-19, a companhia diz que “apresentaram impacto reduzido no volume de energia distribuída”.

Por Redação do Sobral Pop News com informações do Diário do Nordeste

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