Julgamento de habeas corpus de piloto acusado de participar da morte de ‘Gegê do Mangue’ e ‘Paca’ no Ceará é adiado

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) adiou o julgamento do habeas corpus solicitado pela defesa do piloto Felipe Ramos Morais, que estava previsto para ser realizado na tarde desta quarta-feira (4). Um desembargador fez um procedimento no olho e não foi liberado para a sessão, segundo o Tribunal.

Felipe Morais é acusado de participar dos assassinatos de dois líderes de uma facção criminosa, Rogério Jeremias de Simone, o ‘Gegê do Mangue’, e Fabiano Alves de Souza, o ‘Paca’, em Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no dia 15 de fevereiro de 2018.

O piloto foi preso em um condomínio de luxo no município de Caldas Novas, em Goiás, no dia 14 de maio do ano passado. De acordo com a investigação da Polícia Civil, Felipe pilotou a aeronave que levou ‘Gegê’ e ‘Paca’ e os assassinos até uma terra indígena, para o cometimento do duplo homicídio.

O principal argumento da defesa no habeas corpus é que o cliente chegou a fornecer informações à Polícia Civil e firmar acordos de delação premiada com o Ministério Público do Ceará (MPCE), “contribuindo para toda a investigação dos fatos narrados, inclusive, foi o paciente (cliente) quem entregou a localização da aeronave, armas, bem como foi baseado nas suas informações que possibilitou a polícia montar a dinâmica do crime. Sem esses detalhes, ficaria a polícia impossibilitada de fazer um inquérito fiel”.

O MPCE, em nota, rebateu “que não efetivou nenhum acordo de colaboração premiada homologada pela Justiça com o piloto Felipe Ramos Morais. E que a não inclusão dele na 1ª denúncia apresentada pelo MPCE sobre o caso não tem relação com a suposta negociação de delação premiada”.

Sete foragidos

O piloto Felipe Ramos Morais é um dos três réus no processo do duplo homicídio preso. Também foram detidos Carlenilto Pereira Maltas e Jefte Ferreira Santos.

Gilberto Aparecido dos Santos, o ‘Fuminho’; Erick Machado Santos, o ‘Neguinho Rick da Baixada’; Tiago Lourenço de Sá de Lima; André Luís da Costa Lopes, o ‘Andrezinho da Baixada’; Ronaldo Pereira Costa; Renato Oliveira Mota; e Maria Jussara da Conceição Ferreira Santos continuam foragidos, quase um ano e sete meses após o duplo homicídio.

(G1 Ceará)

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