O governo da Nova Zelândia acertou nesta segunda-feira (18) os detalhes para iniciar uma reforma da lei de armas após o atentado de Chirstchurch, que deixou 50 mortos e 50 feridos, e criar uma comissão que avalie a atuação prévia das autoridades. A liberação dos corpos das vítimas para as famílias começou neste domingo(17) e deve terminar até quarta-feira (20).
A primeira-ministra do país, Jacinda Ardern, afirmou que seu gabinete está “completamente unido” em relação à reforma legal estipulada “em princípio” e cujo conteúdo será anunciado em um prazo de dez dias após os ataques de sexta-feira em duas mesquitas.
“Há muitos neozelandeses que questionam que haja armas semiautomáticas disponíveis”, disse em entrevista coletiva Ardern, evitando dizer se a reforma incluirá, tal como se esperava que anunciasse, a proibição deste tipo de armas, utilizadas no atentado.
“Há detalhes que é preciso olhar. Não se trata só de certos pontos da lei. É simplesmente por isto que levaremos um tempo, para que saia bem”, acrescentou ao justificar o atraso.
Domingo foi de homenagens aos 50 mortos do massacre de Christchurch
Ardern ressaltou que os ataques de sexta-feira “evidenciaram uma série de debilidades na lei de armas” do seu país e que todo o governo coincide na necessidade de realizar mudanças, incluindo o seu parceiro de coalizão, o NZ First, que anteriormente tinha se oposto a isso.
O líder deste partido e vice-primeiro-ministro, Wintson Peters, confirmou o ponto na mesma entrevista coletiva, onde afirmou que após os fatos de sexta-feira “nosso mundo mudou para sempre e também as nossas leis mudarão”.
A primeira-ministra neozelandesa acrescentou que a reforma não será dirigida contra os proprietários de armas, especialmente em zonas rurais, mas encorajou os que tenham armas em casa a entregá-las à polícia.
Por G1