Dinheiro e Pecado !

Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”. I Timóteo 6: 10.

Existem alguns mitos em torno do dinheiro, e alguns se originam na falsa interpretação das Escrituras. Em função disso, alguns passam a considerar o dinheiro uma maldição. Outros o consideram “pecado”; alguns dizem: “Dinheiro é problema”, outros falam: “Dinheiro é solução”!

Buscando um equilíbrio entre os dois extremos, o convido a uma reflexão sobre o tema: Dinheiro é pecado? Primeiro: Pecado é a transgressão da Lei (I João 3: 4). Segundo: Para que o dinheiro seja pecado são necessárias duas coisas: 1- Que seja adquirido de forma desonesta; 2- Que seja gasto de forma egoísta.

  1. Desonestidade é um padrão secular. Infelizmente, muitos, na tentativa de enriquecer-se, usam de todos os meios, lícitos ou não, para ganhar dinheiro. Alguns gastam tudo o que tem, em jogos de azar, na tentativa de enriquecer sem a necessidade de trabalhar. Veja que Paulo, ao escrever a Timóteo, não está acusando o dinheiro, mas, ao avarento, mesquinho, que ama o dinheiro e põe nele a sua confiança; tornando-o seu deus (ídolo). Então, o problema não está com o dinheiro e sim com o coração. Então, Como gastar o dinheiro de forma egoísta? Porque isso é pecado?

Ganhar dinheiro não é pecado, e, gastá-lo também não. Mas torna-se pecado, ganha-lo desonestamente (quebra do 8º mandamento), e gastá-lo egoistamente (quebra do 10º mandamento).

Paulo justifica sua posição nos versos anteriores: “De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento” (I Timóteo 6: 6). 1- “Fonte de lucro é a piedade”. Dinheiro ganho com honestidade: A base da honestidade é a piedade, ou, amor. 2- “Com contentamento”. – Base do 10º mandamento. Ou seja, sem esbanjamento em causa própria, esquecendo-se do seu compromisso com Deus e com o próximo.

Compromisso com Deus: Devolução do que lhe pertence (Malaquias 3: 8-10); compromisso com o próximo: atendimento às suas necessidades (Mateus 25: 35-40). 

O dinheiro, se ganho honestamente e gasto com propósitos altruístas, é bênção, não maldição!

Por Lindomar J. M. Spíndola Rodrigues

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