Clubes cearenses serão menos afetados por desvalorização no futebol

A pandemia de Covid-19 já causou grandes impactos no cenário esportivo pelo planeta. No futebol, tais prejuízos deverão acarretar um arrefecimento do mercado de transferências. Com isso, ocorrerá também desvalorização de jogadores e clubes. Representantes do Estado na Série A do Campeonato Brasileiro, Ceará e Fortaleza não escapam desta realidade.

Um estudo recente da consultora suíça KPMG mostrou que esses prejuízos vão atingir muitos. O Manchester City tem o elenco mais valioso da Europa durante esta crise sanitária, enquanto Barcelona (entre 20,5% e 28,9%), Real Madrid (19,1% e 27,2%) e Chelsea (19% e 27%) são os clubes que sofreriam a maior desvalorização com seus jogadores.

No Brasil, o elenco mais valioso, segundo o site Transfermarket, especialista em economia do futebol, é o do Flamengo, que sofreu uma queda no valor de mercado de € 30 milhões (R$ 188 milhões). Em 15 de março, antes da paralisação do futebol brasileiro, o time carioca valia € 151,2 milhões (R$ 950 milhões) e atualmente vale € 121,78 milhões (R$ 765,3 milhões).

Ceará e Fortaleza também sofrerão com esta realidade.  Há, ainda, um detalhe no caso de ambos: eles já figuram entre os elencos de menor valor de mercado dentre os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. Ambos estão entre os elencos de menor valor de mercado da Série A. O Vovô é o 18º, com valor de € 16,45 milhões (R$ 105,62 milhões), seguido pelo Leão, em 19º, com valor de € 14,33 milhões (R$ 92,01 milhões). A dupla só está na frente do Atlético-GO, lanterna do ranking, que tem valorização na casa de 9,88 milhões de euros (R$ 63,39 milhões). No último mês, o site Transfermarkt aponta que todos os jogadores dos dois elencos apresentaram desvalorização.

Veja lista de jogadores que mais se desvalorizaram no Mundo

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“Realmente é um caso único na história. A gente não tem uma queda de receitas assim, de economia, de uma forma geral tão elevada. Então o jogador entra dentro desse contexto de perdas. O jogador precisa de exposição, de campeonato, de bons contratos, fazer publicidade, fechar contrato de patrocínio. Uma série de variáveis que acaba impactando. Esse estudo da KPMG está ligado a esse momento atual da economia mundial e, obviamente, do lado esportivo. Essas perdas estão ligados a essa recessão, desaquecimento. Nunca vi nada parecido em toda a minha vida”, constatou Amir Somoggi, consultor em marketing e gestão esportiva e sócio diretor da Sports Value, em entrevista à Agência Estado.

Ponto positivo

Vovô e Leão têm uma vantagem: a maior parte de suas receitas não é proveniente de vendas de jogadores. Grandes vendedores, como o Santos, por exemplo, deverão sofrer mais. Em 2019, enquanto Ceará e Fortaleza arrecadaram R$ 15 milhões e R$ 6 milhões, respectivamente, neste quesito, o Peixe conseguiu R$ 204 milhões.

“A crise do coronavírus terá certamente um impacto no valor dos jogadores. As obrigações financeiras resultarão provavelmente em uma queda no número de transferências e também nos valores, em benefício dos empréstimos ou das trocas de jogadores”, analisou a KPMG em seu estudo. Além disso, os dois são clubes bem administrados e que possuem poucas dívidas. Entre os 16 principais clubes do país, Ceará e Fortaleza são os menos endividados. Tal aspecto é fundamental para superar a crise de forma mais equilibrada e com menos impactos.

“O mercado entrou em colapso, muitos clubes podem estar ameaçados de insolvência e os planos de transferência foram suspensos devido às muitas incertezas que existem na maioria das equipes. É dificilmente concebível que os preços de transferência continuem a subir no futuro como nos últimos anos”, explicou o fundador do site Transfermarkt, Matthias Seidel.

Por Redação do Sobral Pop News com informações do Diário do Nordeste

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