Ceará tem chance de escrever a história na Série A como já fez

O futuro tende a ser duro com o Ceará Sporting Club. Mais fruto da ineficiência do que propriamente da dificuldade na Série A. Restando 30 dias para o fim da temporada, o Vovô precisará de um aproveitamento de 60% para se garantir na elite em 2020.

O cálculo é feito com base nos próximos cinco jogos e nos 45 pontos tão almejados, justamente a pontuação em que apenas um clube caiu de divisão: Coritiba em 2009. Na tabela, o Alvinegro tem 36 e precisa superar São Paulo (6º), Flamengo (1º), Athletico/PR (5º), Corinthians (8º) e Botafogo (14º).

Nenhum dos confrontos surge como simples ou fácil. Talvez os duelos frente aos paulistas e os paranaenses, únicos na Arena Castelão até a 38ª rodada, sejam mais acessíveis, o que não diminui o teor de dificuldade. O fato é que a circunstância atual está longe de possibilitar a escolha dos níveis dos adversários.

O cenário é mais caótico porque o time precisará superar o próprio desempenho apresentado no 1º turno, quando acumulou três derrotas e dois empates na mesma sequência.

TRUNFO ALVINEGRO

A crise reside porque o momento de oscilação do Ceará ocorreu quando os erros são letais. O desperdício diante dos rivais na parte de baixo deixou a equipe à beira da zona de rebaixamento, enquanto outros se descolaram do Z-4, como Atlético/MG e Goiás. Desta forma, a alternativa para o time de Adilson Batista é se apegar a dois pontos: história e retrospecto contra os gigantes do futebol nacional. Listando apenas os 10 mais bem colocados, o Vovô obteve pontos contra Palmeiras (3 pontos), Grêmio (3), Internacional (3), Corinthians (1), Bahia (4) e Vasco (1).

As exceções ficam com Santos, além de Flamengo, Athletico/PR e São Paulo, justamente três rivais que o Vovô ainda terá pela frente. E se o fôlego não é suficiente, há de se recordar que a década tem sido cruel com o torcedor alvinegro, mas é possível comemorar na reta final do Brasileirão.A prova explícita está escancarada no ano passado, quando as chances de rebaixamentos alcançaram mais de 80%, que foi revertido com uma campanha que entrou para a história do Brasileirão. Já em 2015, a briga veio contra o descenso para a 3ª divisão, espaço jamais ocupado pelo Alvinegro de Porangabuçu e evitado naquela temporada.

E se os números não falam por si, o momento é de abraço entre torcida e clube, mesmo que as partes estejam minimamente afastadas. O ímpeto das arquibancadas sempre surgiu como ânimo extra, por vezes até inexplicável frente ao desempenho dos jogadores em Porangabuçu.

Outra situação que necessita de manutenção é o esquema de jogo. Sem experimentações ou apostas, os pontos são obtidos dos resultados, longe de qualquer exibição de gala. Para tal, vale lembrar que as grandes atuações, com Adilson, vieram dos três volantes, que precisam prosseguir.

Por J Oliveira do Sobral Pop News com informações do Diário do Nordeste /  Alexandre Mota, alexandre.mota@svm.com.br

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