A lei de Deus- 7º mandamento

Não adulterarás” Êxodo 20: 14.

É muito comum, na atualidade, se ouvir que a Lei de Deus, não tem mais validade. Está ultrapassada, que não se adequa à psicologia moderna. A sociedade evoluiu e precisa de liberdade de expressão, liberdade sexual, liberdade para fazer o que quiser.

Nesse caso, se a Lei é restritiva, impedindo-nos de fazer o que nos apraz, o que nos traz felicidade, então, imaginariamente, vamos retirar esta Lei do cenário social! Quais seriam os resultados?

Não precisa ir muito longe quando se trata do sétimo mandamento. Este é muito mais profundo e importante do que se imagina comumente. Sua transgressão em massa tem causado um impacto negativo com uma abrangência inimaginável.

No conhecido Sermão do Monte, Jesus amplia seu significado e nos ajuda a compreender sua importância e necessidade.

Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela”. Mateus 5: 27 e 28.

Este mandamento, bem como os demais, vai muito além do ato em si, vai ao âmago, às intenções mais profundas guardadas e acariciadas no coração. E é por isso que a palavra que o define é PUREZA (Mateus 5: 27 e 28).

Mas, este mandamento também aborda outras questões muito polêmicas, como sexo antes do casamento, sexo no casamento (lícito ou ilícito), matrimônio, divórcio, homossexualismo, etc.

Com base nas palavras de Jesus, no verso 27, poderíamos pensar que só o olhar para uma mulher já estaria cometendo pecado? Veja o que diz o Comentário Bíblico Adventista, Pág. 348.

A beleza feminina é um dom de um Criador amoroso, que ama toda beleza verdadeira. A apreciação pura dessa beleza é correta e própria. Além disso, a atração que cada gênero tem pelo outro foi implantada no homem e na mulher pelo Criador e, quando se manifesta dentro dos limites ordenados por Deus, é inerentemente boa, mas quando pervertida para servir ao eu e a interesses ímpios, torna-se uma das forças destrutivas mais poderosas”.

Mais adiante Jesus volta ao tema do sétimo mandamento abordando outra questão, ao tempo que confronta os líderes farisaicos com suas tradições em contradição com a Lei de Deus:

Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério”. Mateus 5: 31 e 32

Dois pontos de grande relevância importa destacar: 1- Carta de divórcio; 2- Relações sexuais ilícitas.

  1. Carta de divórcio. “Do gr. Apostasion, “um certificado [de divórcio], de aphistemi, “separar”, “abandonar”. A palavra “apostasia” tem a mesma raiz. Como Cristo, mais tarde, observou, o divórcio não fazia parte do plano original de Deus, mas foi aprovado transitoriamente na lei de Moisés por causa da “dureza” do coração do homem (Mateus 19: 7, 8; quanto à natureza a ao propósito da lei de Moisés em relação ao divórcio… Deuteronômio 24: 1-4). Deve-se enfatizar que a lei de Moisés não instituiu o divórcio. Sob direção divina, Moisés o tolerou e o regulou para prevenir abusos. O “casamento cristão deve estar fundamentado em Gênesis 2: 24, não em Deuteronômio 24: 1-4”. Comentário Bíblico Adventista, pág. 349.

Em outras palavras, Jesus não aprova o divórcio, contudo, deixou uma exceção à regra: Relações sexuais ilícitas (adultério, quebra do sétimo mandamento por um dos cônjuges). E acrescenta: “O que casar com a repudiada comete adultério”. Mateus 19: 9.

Jesus valorizou o matrimônio ao máximo. Esta é uma das duas instituições criadas pelo próprio DEUS no jardim do Éden e que permanece até hoje. São duas instituições que remontam ao Éden, e a DEUS como o Criador, e que Satanás tem tentado destruir tenazmente.

Sem matrimônio, conforme estipulado por Deus, Homem e Mulher, como princípio basilar da família e da sociedade, os valores morais seriam pervertidos e o culto ao prazer assumiria completamente o cenário.

A Bíblia, e também Jesus Cristo, confirmou, que o sexo é um presente de Deus; é santo e deve ser compreendido e aceito somente dentro do âmbito do matrimônio. Nem antes, durante ou depois, que não seja em conformidade com o estabelecido por Deus. Qualquer ato ou intenção sexual fora desse contexto é uma quebra do sétimo mandamento.

Conforme o Apóstolo Paulo, a lei do matrimônio tem validade enquanto os dois estiverem vivos. Morrendo um, o outro estará livre para um novo relacionamento. (Romanos 7: 1 – 3).

Jesus afirmou que nos últimos dias estes valores morais seriam pervertidos. Comparando o tempo do fim com duas épocas passadas. Ele afirma:

O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam”. Lucas 17: 26 – 30.

Um estudo mais aprofundado nos leva a entender algumas coisas fundamentais.

  1. A rotina de pecado e uma vida totalmente desvinculada dos interesses espirituais. A única preocupação percebida nos antediluvianos e sodomitas era o prazer, a busca do materialismo e a exclusão das coisas espirituais.
  2. Na busca do prazer, os homens não eram mais atraídos pelas mulheres, e vice-versa. Quando os anjos vieram tirar Ló e sua família de Sodoma, os homens daquela cidade tentaram abusá-los, pensando tratar-se apenas de estrangeiros. O nível de perversidade chegou ao limite. (Gênesis 19: 1 – 11).
  3. Jesus compara o nosso tempo com esses dois exemplos. E se formos verificar com cuidado, veremos o quanto à maldade e a prostituição têm tomado conta do mundo, ao ponto de as leis sociais não fazerem mais distinção entre o certo e o errado, invertendo completamente esses valores.

Não importa que o mundo e a sociedade em geral, percam de vista esses valores, mas é fundamental que aqueles que sonham com o céu, tenham essa percepção e fundamentem sua vida com os princípios do céu, mantendo a PUREZA em todas as intenções.

Por Lindomar J. M. Spíndola Rodrigues

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