Quando os marqueteiros dominavam a terra eleitoral, eles tinham poderes para agir como gurus dos candidatos.
A recompensa pelo trabalho vinha na forma de polpudos cheques, boa parte deles via caixa dois. A espécie quase foi extinta quando a Lava Jato colocou no banco dos réus figuras como Duda Mendonça e João Santana.
O baque adicional veio em 2018, quando Jair Bolsonaro, que contava na época com uma estrutura mambembe, descobriu que um celular na mão para alimentar redes sociais bastava como instrumento de comunicação para subir a rampa do Palácio do Planalto.
Assim, a crença na capacidade mágica dos marqueteiros parecia fazer parte para sempre de um período jurássico da política. Passada a tempestade, no entanto, eis que os profissionais do ramo ressurgiram na atual eleição como peças importantes na estrutura dos partidos, mas em configuração repaginada. Saíram de cena os gênios das propagandas e dos slogans retumbantes.
Entraram em campo profissionais que atuam de forma muito discreta e preferem ser chamados de “estrategistas”, já que a expressão “marqueteiro” ganhou ares de maldição.
Por Redação do Sobral Pop News, com Jessé Júnior. Fonte: vejanoinsta