Então virá o fim !

Mateus 24: 14.

E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”.

Há algumas coisas muito importantes a serem consideradas nas palavras de Jesus registradas em Mateus 24: 14. Este é um capítulo escatológico e todas as referências têm a intenção de informar acontecimentos que têm haver com os dias finais da história deste mundo. Embora haja alguns acontecimentos indicados, que deveriam acontecer naqueles dias, no entanto, ainda assim, exemplificando ou, tipificando aqueles que teriam lugar no fim da história.

Nesse contexto, podemos entender que a referência à pregação do evangelho a todo o mundo, não se referia prioritariamente aos dias apostólicos. Mesmo que o evangelho no primeiro século tenha sido amplamente divulgado, e, milhares de pessoas se unido à fé cristã, essa profecia não se cumpriu completamente, porque seu verdadeiro cumprimento estava reservado para um futuro ainda distante.

Ele afirmou: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”. O evangelho a ser pregado era o mesmo: “Este evangelho do reino…”. O destino final: “Por todo o mundo, para testemunho a todas as nações…”. Mas o tempo não era aquele: “Então, virá o fim”.

Voltando ao contexto, vemos que Jesus respondeu a uma interrogação dos discípulos (Mateus 24: 3), que tinha haver com o final da história deste mundo. Então passou a relacionar alguns acontecimentos que teriam lugar na história, especialmente quando se aproximasse o tempo do fim. Sinais que seriam apenas indicadores da aproximação de Sua vinda.

Quanto mais próximo estivesse de Seu retorno, mais os sinais se multiplicariam e se tornariam mais evidentes. Sinais que aconteceriam em lugares diversos, mas também, outros que chamariam a atenção do mundo.

Hoje vivenciamos um sinal que fez parar o mundo, não somente um dia ou uma semana, como foi o dia escuro de 19 de maio de 1780, seguido da aparição da lua em cor de sangue, ou a queda das estrelas de 13 de novembro de 1833. Bem como tantos na história, dentre os quais temos visto muitos bem de perto. Mas o sinal que hora vemos, tem feito o mundo parar por vários meses, levando a economia mundial a uma situação calamitosa e sem previsão de um equilíbrio global.

A pregação do evangelho a todo o mundo não é apenas um sinal indicador da aproximação da volta de Cristo, mas é o sinal que mostra o fim. Para compreendermos, então, qual o tempo do fim, quando iniciaria e quando terminaria; precisamos entender seu contexto em longo prazo.

Já entendemos que seu cumprimento imediato, não seria completo porque está em um contexto escatológico e o cumprimento completo está vinculado ao retorno de Cristo. Portanto, precisamos encontrar o contexto profético do qual Jesus se referiu para afirmar que o evangelho seria pregado a todo o mundo, em testemunho a todas as nações, em um determinado tempo.

Esta referência ao tempo do fim, encontramos inicialmente no livro de Daniel: “Nesse tempo, se levantará Miguel, o Grande Príncipe, o defensor dos filhos do teu povo… Tu, porém, Daniel, encerra as palavras deste livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará”. Daniel 12: 1 e 4.

Os acontecimentos e as informações registradas no livro de Daniel não eram para o seu tempo. O próprio profeta não as compreendia. Houve ocasião em que ele adoeceu tentando entender, mas o conhecimento das informações era para dias muito distantes e fora do seu alcance. (Daniel 8: 27).

Quando então, iniciaria o tempo do fim, em que os acontecimentos preditos deveriam ter lugar e quando o evangelho começaria a ser pregado em nível global que alcançaria o mundo todo e todas as nações teriam a oportunidade de conhecer a esperança do evangelho quanto ao pagamento da dívida do pecado na morte de Jesus e quanto ao Seu advento?

Ouvi o Homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, quando levantou a mão direita e a esquerda ao céu e jurou, por aquele que vive eternamente, que isso seria depois de um tempo, dois tempos e metade de um tempo… Ele respondeu: Vai, Daniel, porque estas palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim”. Daniel 12: 7 – 9.

Nessa referência encontramos o início, o durante, e o fim, desse período chamado “tempo do fim”. O início seria depois do período profético de “um tempo, dois tempos e metade de um tempo”, registrado em Daniel 7: 25. Nesse capítulo, bem como o capítulo 13 de Apocalipse, faz menção a um poder perseguidor. No livro de Daniel, “Ponta pequena”, em Apocalipse, “Besta”.

Quais as características desse poder perseguidor? – “Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a Lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo”. Daniel 7: 25.

Curiosamente, surge na história um poder com estas características. Conforme a interpretação ao sonho de Nabucodonosor (Daniel 2: 40), o quarto império mundial sucessivo na história seria Roma. Identificado também na visão de Daniel no capítulo 7: 7 e 8, como um animal terrível e espantoso, do qual surge a ponta pequena.

O quarto animal é uma referência ao império romano político, do qual surgiria uma “Ponta pequena”, outro poder que uniria os poderes político e religioso ao mesmo tempo.

No ano 100 da nossa era, o imperador romano, desata uma perseguição mortal aos cristãos, que permaneceu por 213 anos, chegando ao ano 313 d. C. Na ocasião, assumia o trono, o Imperador Constantino, o Grande. Assim como todos os seus antecessores imperadores romanos eram pagãos, ou seja, politeístas, Constantino não era diferente; era adorador do sol (Zeus). O dia dedicado à sua adoração era o primeiro dia da semana. Constantino resolveu por um fim à perseguição, pois percebeu que o sangue dos cristãos era como semente lançada na terra, quanto mais os perseguia e os matava, mais se multiplicavam.

Fez então, um edito, anistiando os cristãos e permitindo que retornassem às suas propriedades, pois ele agora também seria cristão. Certamente a notícia se espalhou e todo o povo cristão comemorou e voltou feliz, sem saber qual era a pegadinha.

No dia 07 de março de 321 d. C. Constantino faz outra lei, agora, já como líder cristão, mudando a Lei de Deus. Retirou, dentre os Dez Mandamentos, o quarto, que ordena a santificação do sétimo dia, o sábado, como o dia de adoração ao SENHOR e substituindo-o pelo primeiro; e o segundo, que proíbe a adoração a imagens de esculturas, ou, falsa adoração ao SENHOR. Impõe o primeiro dia da semana como dia santo e divide o décimo mandamento, para permanecer o número de dez.

No ano 538 d. C. Tem início à perseguição, conhecida como: “Santa inquisição”. Duraram 1.260 anos, chegando ao ano de 1798. Cumprindo, portanto, a profecia de Daniel 7: 25 de “um tempo, dois tempos e metade de um tempo”.

Veja: Um tempo: Um dia profético; dois tempos: Dois dias proféticos e, metade de um tempo: Meio dia profético (Números 14: 34; Ezequiel 4: 7). Cada dia profético equivale a um ano profético.

Então, um tempo, dois tempos e metade de um tempo, equivalem à três anos e meio proféticos (Apocalipse 11: 9); que equivalem à 42 meses (Apocalipse 11: 2). E 42 meses equivalem a 1.260 dias literais que equivalem a 1.260 anos literais (Apocalipse 12: 6). Todas as referências tanto em Daniel quanto em Apocalipse mostram um período de perseguição aos cristãos que duraria 1.260 anos.

O poder da Ponta pequena, que perseguiria aos cristãos por 1.260 anos; mudaria a Lei de Deus, e se colocaria como se fosse o próprio Deus, se cumpre perfeitamente no Poder romano quando o poder político e religioso se une em um só poder, a partir de 321 d. C., na pessoa de Constantino.

O período indicado no livro de Daniel 12: 6, informando que o “Tempo do fim” seria depois de um tempo, dois tempos e metade de um tempo, ou seja, depois de 1.798, se cumpre perfeitamente.

Curioso que após este ano, foi descoberta a imprensa e o primeiro livro editado foi a Bíblia. O conhecimento das Escrituras cresceu rapidamente e milhares de pessoas se uniram à fé cristã. A partir de então, o evangelho do reino têm “voado pelo meio do céu” e têm alcançado “cada nação, tribo, língua e povo” (Apocalipse 14: 6).

Jesus afirmou: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mateus 24: 14).

Diante de um cumprimento tão absurdamente e minuciosamente perfeito das profecias bíblicas, no tempo exato e em cada detalhe, nos fazem entender que estamos vivendo nos últimos dias da história desse mundo, exatamente no tempo indicado para o retorno de Cristo à esta terra.

Este é o tempo do fim, devemos estar preparados: “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima”. Lucas 21: 28.

Por Lindomar J. M. Spíndola Rodrigues do Sobral Pop News

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