6 fake news sobre coronavírus que estão circulando pelo mundo

Fake news sobre o novo coronavírus estão circulando com força total. Veja alguns boatos em diferentes países

Coronavírus Itália
 (Grzegorz Galazka/Archivio Grzegorz Galazka/Mondadori Portfolio/Getty Images)

Pessoas usam máscara para lidar com epidemia do novo coronavírus na Itália: fake news está em alta no mundo, com boatos sobre a doença sendo espalhados em diferentes países

São Paulo – A pandemia do novo coronavírus está assustando o mundo. Nesta quinta-feira, 12, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o número de casos passou de 124 mil e que a doença já foi detectada em ao menos 118 países e territórios.

Naturalmente, a magnitude desse episódio está sendo acompanhada de muita desinformação. Veja abaixo alguns casos de fake news que estão circulando sobre a epidemia do novo coronavírus.

Estados Unidos: “Desinfetantes antibactericidas não têm eficácia contra a doença” (falso)

Nos Estados Unidos, país que já registra quase 5 mil casos confirmados do novo coronavírus, um boato que está circulando com força é o de que desinfetantes antibactericidas para as mãos não teriam eficácia contra a doença. De acordo com a revista americana Newsweek, essa fake news começou a se espalhar no início de março, via Twitter, e não tem qualquer fundamento: segundo o Centro de Controle de Doenças do país, é perfeitamente possível usar o item para higienizar as mãos quando não há água e sabão disponíveis.

Índia: “Urina e estrume de vaca pode curar o novo coronavírus” (falso)

Na Índia, uma política do partido governista Bharatiya Janata (o mesmo do primeiro—ministro Narendra Modi) disse à imprensa que as pessoas poderiam usar urina e estrume de vaca para curar o novo coronavírus. Vale lembrar que a vaca é considerada sagrada no país e que o uso da urina deste animal em situações terapêuticas é comum. Nesta sexta-feira, 12, informou a agência Reuters, um grupo religioso irá até realizar uma festa para o consumo do líquido, apesar dos alertas de profissionais da saúde quanto a sua eficácia contra o novo coronavírus e os riscos que a ingestão pode trazer.

Irã: “Ingestão de álcool ajuda a combater o vírus” (falso)

No Irã, um dos países mais fechados do mundo e onde o consumo de bebidas alcóolicas é proibido, circulou o boato de que a ingestão de álcool poderia combater o vírus. Como resultado, 40 pessoas morreram por complicações decorrentes da ingestão de álcool puro do tipo usado na limpeza ou bebidas contrabandeadas.

Itália: “Vacina desenvolvida na Austrália está à venda na Suíça” (falso)

A Itália é um dos países mais afetados pela epidemia do novo coronavírus. Hoje, é o segundo maior em número de casos confirmados, atrás apenas da China. Não à toa, o país inteiro está em quarentena. Por lá, a desinformação também anda em alta. Um dos boatos mais populares diz respeito à uma vacina, que teria sido desenvolvida na Austrália, e que poderia ser usada no combate ao vírus.

Ainda de acordo com a história, a vacina só poderia ser encontrada na Suíça. Essa mentira circulou especialmente em Veneza, em um folheto distribuído nas ruas da cidade. Nele, havia um endereço de e-mail e instruções para o depósito de 50 euros para a aquisição da vacina. A história é boa e, evidentemente, trouxe esperanças para muitas pessoas, mas é falsa.

França: “Cocaína protege contra o vírus” (falso)

Se na Índia, o boato falava sobre o consumo de urina de vaca, na França, diz respeito ao uso de uma droga, a cocaína. Na semana passada, o governo francês precisou fazer um post em suas contas oficiais nas redes sociais para desmentir a história. “Não, a cocaína não te protege contra a COVID-19. É uma droga viciante, que causa efeitos colaterais sérios e é prejudicial à saúde das pessoas”, dizia a mensagem oficial.

Ministère des Solidarités et de la Santé@MinSoliSante

#Coronavirus | Désinfox
Non, La cocaïne NE protège PAS contre le #COVID19 .
C’est une drogue addictive provoquant de graves effets indésirables et nocifs pour la santé des personnes.
http://ow.ly/cHLd50yFFyb 

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Brasil: “Prender a respiração por 10 segundos indica se a pessoa tem a doença” (falso)

No Brasil, a desinformação também está circulando com força total. Um dos boatos fala sobre uma espécie de teste caseiro, que revelaria se a pessoa foi contaminada pela doença: respirar fundo, prender a respiração por mais de 10 segundos. Se conseguir fazer isso sem tossir, você não está infectado. A questão é séria e fez com que o Ministério da Saúde montasse uma página dedicada ao monitoramento dessas histórias e a checagem dos fatos.

Por Redação do Sobral Pop News, com informações de EXAME Abril/Mundo

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